28-01-2011
A população de Campo Largo deve agradecer, todos os dias, por viver em uma região quase que totalmente isenta de tragédias climáticas. Um lugar abençoado por Deus que tem, nos seus registros históricos, poucos casos de calamidade pública, se comparados com municípios cariocas, catarinenses e paulistas. Tínhamos, há poucos anos, referências anuais de enchentes nas margens do Rio Cambui e Itaqui, que causavam muitos transtornos e prejuizos, alguns registros de quedas de barreiras no interior do Município e em áreas de ocupação irregular, na periferia da cidade.
No ano passado, a queda de barreiras no interior foi talvez o acontecimento climático mais grave da nossa história. Fosse aquela região habitada como a região serrana do Rio de Janeiro ou de Santa Catarina, poderíamos ter que lamentar mortes. Felizmente a ocupação da região não é tão intensa e os prejuizos foram somente materiais.
As enchentes do Cambui e Itaqui ao que parece, ficaram para a história, graças à intervenção do Poder Público Municipal. No Interior ainda podemos lamentar a falta da intervenção do Governo Estadual, no que diz respeito às estradas e a desatenção quanto à ocupação de áreas de fundo de vale e encostas. De resto, a cidade parece protegida da violência das forças na natureza, pelo "paredão" da Serra de São Luiz do Purunã. Temos registrado grandes volumes de chuva, na região, mas a cidade não sofreu nenhuma grande catástrofe, nesse Verão. Nossa torcida é para que o volume de chuvas continue dentro da capacidade de escoamentos dos nossos corregos e rios.
Esta certa imunidade climática, aliada à nossa localização geográfica, à infra-estrutura e outros atrativos econômicos, colocam Campo Largo como um dos melhores destinos para grandes empresas interessadas em se instalar na região. Quase todos os dias, empresários do mundo todo visitam Campo Largo, fisicamente ou via Internet, interessados em investir. O Município é o novo destino das grandes empresas, é a bola da vez, como se diz no jargão do mercado. Enquanto a Caterpillar e a Sig Combibloc preparam suas novas instalações, outras empresas de médio e grande porte buscam áreas na cidade, locais altos, secos, próximos das rodovias, com boa infra-estrutura, água, luz, telefone, gás, asfalto, esgotos, com núcleos residenciais não muito distantes.
No ramo cerâmico, nosso crescimento já é exponencial. Nossas indústrias enfrentam a crise global crescendo acima dos 10%, um crescimento chinês. No ano passado, apesar da crise que envolveu nossa maior produtora de porcelanas, o setor como um todo, terminou o ano comemorando um ótimo crescimento. Para 2011 é esperado um índice superior a 10%, mantendo pelos segundo ano consecutivo uma taxa de dois dígitos.
Por tudo isso, Campo Largo, que prepara a sua festa de 140 anos de emancipação, para o próximo dia 23 de Fevereiro, tem o que comemorar, e agradecer a Deus, por ser um lugar privilegiado, onde o Universo conspira a seu favor.