06-01-2011
A senadora eleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann (PT) que assume em fevereiro, disse hoje à Banda B que colocar o Salário Mínimo como barganha para nomeações de cargos é lamentável e temerário. "Isso não poderia estar acontecendo e certamente o governo não permitirá que o mínimo seja moeda de troca. Temos as melhores regras para o reajuste que é a inflação do ano anterior mais a variação do PIB. Há uma discussão ainda com relação ao índice de inflação que deve fechar um pouco acima do previsto e o mínimo iria então para R$ 543, arredondando poderíamos ter R$ 540, R$ 545 ou até R$ 550, o que não pode acontecer é alguns membros do Congresso pressionem por um aumento maior caso não sejam contemplados com cargos no governo. Isso depõe contra o páis, contra o Congresso, espero que isso não aconteça", disse Gleisi. (Confira a entrevista clicando no ícone acima)
Gleisi também avalia que estão subestimando a presidente Dilma. "Acho que as pessoas não conhecem a Dilma. Ela não é mulher de ceder a chantagens ou de decidir por pressão. Considera as relações políticas, mas não faz delas a motivação para suas ações", complementa a senadora.
Governo Richa
A senadora avaliou ainda como natural as medidas tomadas pelo governador Beto Richa (PSDB) neste início de mandato (moratória, exoneração de comissionados, redução de despesas...) e não quis comentar as nomeações que Richa tem feito. "Não me cabe avaliar nenhuma nomeação até porque não sabemos ainda o resultado dessas nomeações para o Paraná", afirmou.
Gleisi disse também que considera preocupante o fato da grande maioria dos deputados estaduais terem declarado apoio ao governo. "O governo jogou para articular uma base e foi competente em trazer partidos para apoiá-lo, mas é óbvio que qualquer processo sem contradição é prejudicial. A oposição tem que ser respeitada, é assim que penso inclusive no plano federal. No Paraná, praticamente apenas o PT e alguns deputados do PMDB estão na oposição. Mas espero que a gente possa ter o debate que o Paraná precisa", concluiu.
Fonte: Banda B