31-12-2010
Fruet recusa participação no governo Richa
31-12-2010
O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) não irá participar da equipe do governador eleito Beto Richa (PSDB). Em nota divulgada ontem, Gustavo justificou que pretende atuar politicamente em Curitiba e disputar a direção do PSDB local, na convenção do próximo ano.
Ter o controle do partido em Curitiba é o primeiro desafio de Gustavo para tentar construir, internamente, sua candidatura à prefeitura de Curitiba, onde Beto já tem um acordo para apoiar a reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB).
Fora do governo, e sem mandato a partir de 31 de janeiro, Gustavo avalia que poderá se dedicar mais ao seu projeto para 2012. "Agora, abro mão do convite para compor o secretariado de Beto Richa, por entender que o momento requer uma presença mais constante em Curitiba", citou o deputado tucano, que foi vereador durante dois anos em Curitiba, antes de se eleger à Câmara dos Deputados, para três mandatos.
Ele mencionou a votação que obteve em Curitiba na eleição para o Senado, este ano. Dos 2,5 milhões de votos como candidato ao Senado, 646.886 votos foram registrados em Curitiba.
"A excepcional votação obtida na capital reforça o desejo de ampliar o contato com a população local, após 12 anos em Brasília, e de ajudar a construir um projeto para a cidade", comentou.
No texto, Gustavo destaca que não concorreu à reeleição para a Câmara dos Deputados para ajudar na eleição de Beto Richa ao governo e na candidatura a presidente do ex-governador de São Paulo José Serra.
O deputado tucano observa ainda que se lançou à disputa nos momentos finais do prazo de definição dos candidatos e fez uma "campanha curta e com pouco estrutura".
Gustavo dividiu a chapa com o deputado federal Ricardo Barros (PP), com quem não tinha nenhuma afinidade política e de quem fez questão de manter distância durante a campanha. Gustavo assumiu na chapa a posição que estava reservada ao senador Osmar Dias (PDT), se o pedetista tivesse trocado a candidatura ao governo pela aliança com os tucanos.
No final da disputa, o grupo avaliou que se o PSDB tivesse priorizado a candidatura do partido ao Senado, Gustavo estaria entre os dois eleitos para representar o Paraná nos próximos oito anos no Senado.
Discordâncias
Num primeiro momento, Gustavo cogitou participar da equipe de Beto Richa. Mas o espaço oferecido não se encaixou nos planos do tucano. Entre as ofertas estavam as secretarias de Justiça, de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, e, por fim, uma secretaria especial de desenvolvimento regional.
Na nota, em nenhum momento, Gustavo deixa antever qualquer indício de que possa romper com o PSDB. Mas essa pode ser uma saída para o tucano, se não conseguir apoio para dirigir o partido em Curitiba.
Atualmente, a presidência do PSDB municipal está nas mãos do presidente da Câmara Municipal, João Claudio Derosso, que tem na posição um dos trunfos para ser indicado candidato a vice-prefeito na chapa de Ducci.
A partir de janeiro, Gustavo pode trocar de partido, sem nenhum problema já que estará sem mandato e fora do alcance das regras baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a fidelidade partidária.
Fonte: Paraná Online