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Política

Denúncia de funcionário fantasma na Câmara Municipal de Rio Branco do Sul

Denúncia de funcionário fantasma na Câmara Municipal de Rio Branco do Sul

29-12-2010

A Câmara de Vereadores de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, está sendo acusada de utilizar o nome de um trabalhador e seu registro junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de forma irregular.

Devair Alves, desempregado, afirma não possuir nenhum tipo de relação com a Câmara, embora conste como funcionário da Casa no sistema de cadastro do MTE.

Alves relata que teve uma surpresa três meses atrás, quando saiu do seu último emprego, em um estacionamento de Curitiba, e deu entrada no benefício do seguro-desemprego, quando descobriu que tinha um vínculo com a Câmara de Vereadores da cidade vizinha.

"Na documentação do MTE consta que sou empregado da Câmara desde 2009, embora nunca tenha sido funcionário público, e que o vereador José Didi Nalífico (PMN) estava utilizando o número do meu Programa de Integração Social (PIS). Desde que descobri o problema, em setembro deste ano, ainda não consegui receber o seguro-desemprego", conta.

De acordo com Alves, ele procurou entrar em contato com a Câmara de Vereadores, de onde teve a resposta que seu problema não passava de um "erro de digitação" e que estaria resolvido em 15 dias.

"Já se passaram três meses e nada aconteceu. Daqui a pouco a Receita Federal vai querer me punir por sonegação fiscal", reclama Alves. Segundo o ex-funcionário do estacionamento, funcionários da Câmara de Vereadores deveriam solicitar a regularização ao MTE, mas isso também não foi feito.

Alves promete entrar com um processo judicial contra a Câmara de Rio Branco do Sul e contra o vereador Didi. A reportagem de O Estado tentou entrar em contato com o vereador Didi repetidas vezes.

Na Câmara de Vereadores, a informação foi a de que todos os parlamentares estão em recesso. O vereador tampouco atendeu o telefone celular ou retornou as ligações da reportagem.

Didi foi um dos vereadores denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) semanas atrás, acusados de fraude e favorecimento na contratação das empresas que atuam no transporte escolar de Rio Branco do Sul e Itaperuçu.

Fonte: Paraná Online