Terça-feira às 13 de Maio de 2025 às 06:15:40
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Polícia indicia diretoras do Caic

19-11-2010

O inquérito que apura a morte da menina Giselle Stresser Machado (10),  tem como indiciadas, até o momento, as duas diretoras da escola.

Polícia indicia diretoras do Caic

19-11-2010

O inquérito que apura a morte da menina Giselle Stresser Machado (10), vítima de acidente no elevador do Caic, no último dia dez, tem como indiciadas, até o momento, as duas diretoras da escola. O primeiro a ser ouvido na peça investigatória foi o auxiliar que prestou os primeiros socorros à criança e tentou tirá-la do local onde havia ficado presa. Em seguida foram ouvidas, como indiciadas, a diretora da Escola Municipal Mauro Portugal e a diretora da Escola Estadual Albina Muginoski. Também deve ser ouvido o engenheiro responsável pela instalação do equipamento, que igualmente pode ser indiciado.
As duas diretoras foram indiciadas mas a Polícia ainda não informou qual a natureza da acusação, apenas aponta para negligência na instalação e no uso do equipamento. As aulas ficaram suspensas desde o acidente e foram retomadas na terça-feira (17). No inquérito, as diretoras firmaram não saber nada sobre o contrato do elevador. Elas disseram apenas que este tipo de informação é de responsabilidade das secretarias Municipal e Estadual de Educação. O investigador Jucelino Bayer, que acompanha o caso, disse que as condições do contrato de instalação e manutenção do equipamento devem ser averiguadas.
Os pais da menina morta e uma amiga dela que estava junto no momento do acidente devem prestar depoimento. O depoimento da criança deve acontecer com a presença de seus pais e de uma psicóloga.
O inquérito é presidido pela delegada Gisele Mara Durigan. A principal linha de investigação é a de homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar. Mas ainda não há informação sobre quem será responsabilizado. Além dos depoimentos, a polícia deve usar as informações colhidas pela perícia feita no elevador. Já há informações preliminares que o equipamento estava em condições precárias de uso e era de fácil acesso às crianças. Não havia proteção nas laterais nem no teto, aumentando o risco de acidentes. A prefeitura de Campo Largo também está fazendo uma investigação em caráter administrativo, para apurar o acidente e suas consequências.