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Justiça rejeita pedido de falência da Imbra

Justiça rejeita pedido de falência da Imbra

10-11-2010

A empresa de tratamentos odontológicos Imbra teve seu pedido de autofalência rejeitado pela Justiça de São Paulo e, aos olhos da lei, a empresa continua aberta e deve atender os clientes. A decisão é do juiz Caio Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de Falência e Recuperação Judicial da capital.

Consumidor que ficar sem atendimento da Imbra pode procurar a Justiça

A empresa entrou com pedido de falência no dia 6 de outubro. Com isso, ela reconheceu que não teria como quitar suas dívidas, estimadas em mais de R$ 221 milhões, e não atenderia mais o público. As 26 unidades de atendimento odontológico da Imbra estão fechadas desde então.

Segundo decisão divulgada nesta segunda-feira (8), o juiz diz que a empresa deveria ter aprovado a autofalência em assembleia antes de recorrer à Justiça. A empresa foi procurada para comentar o caso e apontar quais seriam os próximos passos, mas não houve retorno.

A nota do tribunal diz que "a empresa, que é constituída sob a forma de sociedade anônima, precisaria de autorização da assembleia geral para pleitear a autofalência, o que não ocorreu".

Com isso, o processo foi extinto. Para a Justiça, a autora da ação não cumpriu uma obrigação judicial, que era aprovar a própria falência junto aos sócios e outros membros da administração, como pede a lei.

Alguns funcionários dizem que a Imbra está com salários atrasados e não pagou benefícios como o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a rescisão de contratos decorrente do fechamento da empresa. Apesar disso, alguns relatam que as unidades de atendimento já estão quase vazias, sem grande parte dos equipamentos.

A Imbra nasceu a partir da ideia de um grupo de médicos da área de estética com a proposta de popularizar o tratamento odontológico, com planos de implantes baratos para um público de baixa renda e de idosos.


O grande trunfo da empresa era oferecer tratamentos com pagamento parcelado. Mas a estratégia não deu certo. Ao atrasar salários, no ano passado, a companhia apontou que o grande problema era a concorrência com os consultórios particulares e as pequenas clínicas.

Além dos telefones, o site da Imbra (www.imbra.com.br) também permanece fora do ar e é como se o endereço nunca tivesse sido ativado na web.

Fonte: R7 Notícias