29-10-2010
Um cidadão, um voto, assim é a Democracia. E nesse domingo (31), cada brasileiro habilitado para votar, e somos cerca de 130 milhões de eleitores, tem o dever de escolher bem, o seu candidato a presidente da República.
A campanha política que acompanhamos, e que ainda estará nas ruas nesta sexta-feira (29) e no sábado (30), mostra duas opções, dois candidatos com perfis opostos, mas ambos de orientação esquerdista, embora um talvez um pouco mais à direita.
Dilma Rousself, em sua campanha, diz que vai continuar o trabalho desenvolvido pelo presidente Lula, em seus oito anos de mandato. E diz que o que Lula fez foi bom para o País. José Serra discorda e diz que muito mais poderia ter sido feito e que fará esse, algo mais.
Os dois candidatos, entretanto, têm uma proposta em comum, a de dar continuidade aos avanços sociais que, quer queiram ou não, vêm não do Governo FHC ou do governo Lula, mas do clamor da sociedade, que desde o fim da Ditadura, exige um governo voltado para os mais pobres.
Fizeram, FHC e Lula, governos que buscaram minimizar o sofrimento das famílias mais carentes. FHC construiu a base para o desenvolvimento econômico do País, com o Plano Real, acabando com mais de 30 anos de inflação galopante, que consumia o suor e o sangue do trabalhador brasileiro. Lula teve a feliz iniciativa de não tocar no Plano Real, e de manter e melhorar os avanços sociais, juntando o Bolsa Escola e outros benefícios sociais criados por FHC, sob um só nome, o Bolsa Família, e de ampliá-lo.
O resto, todo o resto, é o resultado da forte base econômica que solidificou-se ao longo dos oito anos de FHC e cresceu nos oitos anos seguintes.
O que está em jogo, nesse domingo, por conseguinte, não é a continuidade desta ou daquela política, pois ambas são apenas uma. O que está em jogo é: Quem, entre Dilma e Serra, está melhor preparado para governar o Brasil, nos próximos quatro anos? Quem tem mais experiência para dirigir o País, nessa arrancada através da qual passaremos rápidamente para o chamado "Primeiro Mundo" ? Serra ou Dilma? O eleitor precisa analisar com carinho o curriculum de cada um dos candidatos, para não entregar o País em mãos temerárias. E com a convicção de que está fazendo o que é certo, cada um deve votar, silenciosamente, como se estivesse votando em sí mesmo.