18-10-2010
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, atribuiu nesta segunda-feira (18) a queda das ações da Petrobras ao aumento na cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), e não ao suposto crescimento do candidato à Presidência, José Serra, em pesquisas eleitorais. Essa possibilidade havia sido sugerida pelo tucano ontem, durante debate.
Ao comentar as declarações do adversário de Dilma Rousseff (PT), após a inauguração de uma refinaria de coque e diesel em São José dos Campos (97 km de São Paulo), Gabrielli ainda minimizou a queda das ações da empresa. Segundo ele, o movimento de queda foi menor que o movimento de alta, mas disse que não comentaria a fala de Serra.
O presidente reiterou o que disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada hoje: Gabrielli afirmou que o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) planejou a privatização da empresa, mas negou que havia um "plano maquiavélico" para prejudicar a companhia naquela época, e sim um conjunto de ações.
- Havia algumas iniciativas que levariam a uma provável inibição do crescimento da companhia, uma ameaça de morte da companhia, e um desmembramento [da Petrobras]. Não é que havia um plano estruturado para que isso acontecesse, mas ações que foram tomadas.
Entre as ações prejudiciais à empresa na gestão de FHC, Gabrielli citou a "redução das áreas exploratórias" e a "inibição dos investimentos para a área de refino".
- Mas não foi um plano maquiavélico. Havia um conjunto de políticas que, se fossem continuadas, levariam ao desmembramento a companhia.
IOF
No ultimo dia 5 entrou em vigor o aumento na alíquota do IOF sobre a entrada de capital estrangeiro para investimentos em renda fixa, de 2% para 4%. A medida foi adotada como forma de conter a entrada de dólares no país.
A enxurrada de dólares no mercado brasileiro em setembro agravou a valorização do real frente ao dólar. Isso prejudica o país porque torna os produtos fabricados no Brasil mais caros nos mercados estrangeiros. Além disso, barateia as importações, também complicando a situação dos produtos nacionais no mercado doméstico.
Com isso, o governo brasileiro optou por aumentar as alíquotas do imposto cobrado sobre aplicações de estrangeiros em investimentos de renda fixa no país.
Fonte: R7 Notícias