O assunto da semana não poderia ser outro se não o desaparecimento e o resgate de Eloah Pietra Alves dos Santos, uma criança de apenas 1 ano e 6 meses, que tomou proporção nacional e internacional. A rapidez com que as forças de segurança conseguiram localizar e resgatar a pequena, ilustra a eficácia do trabalho conjunto entre as autoridades e a necessidade urgente de um olhar atento sobre a segurança das crianças.
O caso, ocorrido no dia 23 de janeiro, chamou a atenção também pela ação da suspeita, que supostamente teria se passado por uma profissional de saúde, de certa forma se aproveitando da confiança que naturalmente a sociedade deposita nestes trabalhadores e no serviço desempenhado por eles. Se fossemos analisar um contexto geral, casos como estes de sumiço, sequestro e "roubo" de crianças iniciam desta mesma maneira, uma desatenção e no depósito de confiança em pessoas que muitas vezes acabamos de conhecer. Influenciada pela conversa da suspeita, a mãe de Eloah a colocou no carro, tornando o momento propício para levar a menina, sem que a mãe conseguise sequer reagir. O sentimento de impotência diante de uma situação como esta deve ser assombroso.
A resposta das autoridades rápida e eficiente, permitiu um desfecho feliz para essa família em menos de 30 horas, também com o uso da tecnologia por meio do Ciosp, que foi capaz de identificar o veículo - que estava sem placa - em apenas 15 minutos, agilizando ainda mais os resultados da investigação.  A suspeita já foi presa e autuada por subtração de incapaz. O resgate de Eloah, em um reencontro emocionado com sua família, foi um alento para todos que acompanharam o caso.
Porém, essa rapidez da operação não diminui a gravidade do que poderia ter sido um final trágico. O sequestro de uma criança, especialmente ainda tão pequeno, é um alerta sobre a necessidade de vigilância constante dos pais e responsáveis. A história de Eloah nos recorda que o perigo pode estar mais próximo do que imaginamos, seja na forma de uma pessoa desconhecida que se apresenta como amiga ou profissional, ou até mesmo em situações cotidianas onde a confiança é colocada à prova.
A proteção das crianças e dos adolescentes começa dentro de casa, por isso é essencial que os pais e responsáveis desenvolvam uma cultura de proteção, instruindo-os sobre como reagir diante de abordagens estranhas, o que fazer e com quem falar em situações de perigo. Em tempos de internet e redes sociais, essa conversa franca com as crianças e adolescentes se torna imprescindível, para que eles não venham a se colocar em situações de risco também. A educação preventiva, com o diálogo aberto entre pais e filhos, deve ser parte fundamental da formação das novas gerações.