Em 2024, foi anunciada a construção de um restaurante escolar no IFPR Campus Campo Largo, com investimento de aproximadamente R$ 1,4 milhão, provenientes do Governo Federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Gismar Schilive de Souza, diretor-geral do IFPR Campus Campo Largo, explica que a obra será construída ao lado do ginásio esportivo, em uma localização estratégica, do outro lado da rua do campus. Essa posição foi escolhida para garantir maior segurança aos estudantes, evitando o acesso de pessoas externas à comunidade escolar.

“A licitação foi realizada no final de 2024, e a homologação de preços já ocorreu. No entanto, a assinatura do contrato depende da liberação de recursos. A parte necessária ainda não havia sido disponibilizada, mas nesta quarta-feira (22) recebemos a confirmação de que o processo será viabilizado por meio da descentralização de recursos, com prazo para assinatura até o final de janeiro”, disse Souza.

Embora ainda não haja uma data definida para o início da obra, o projeto arquitetônico já foi apresentado e segue o padrão de construção dos Institutos Federais. O restaurante ocupará um espaço de 370 m2, sendo 362 m2 destinados ao refeitório, que terá capacidade para 176 pessoas sentadas, com sistema de atendimento rotativo.

A equipe responsável pela operação da cozinha – incluindo cozinheiras e nutricionista – será contratada pela Prefeitura, já que o IFPR não possui condições financeiras para realizar essa contratação. A obra será entregue equipada e pronta para funcionamento, necessitando apenas da equipe para a preparação das refeições.

O valor da alimentação ainda não foi definido, mas será acessível. O atendimento será voltado aos estudantes e à comunidade escolar do IFPR, como também a pessoas em situação de vulnerabilidade social, com cadastro na Prefeitura. Além disso, servidores municipais também poderão ter acesso ao restaurante.

Benefícios da implementação do restaurante
Um dos principais benefícios da implementação do restaurante escolar, segundo Souza, será a redução da evasão escolar. “Nosso público inclui estudantes em situação de vulnerabilidade, e o fornecimento de refeições pode melhorar a frequência nas aulas e reduzir a evasão, especialmente entre os alunos do Ensino Superior e dos cursos técnicos subsequentes. No Ensino Médio, a evasão é baixa, mas nos outros níveis chega a ser considerável, com metade da turma abandonando no primeiro ano”, afirma.

Além disso, o restaurante ajudará a promover a integração da comunidade acadêmica, servindo como espaço para eventos e atividades de convivência.

Modelo de Paranaguá
Souza também mencionou a visita que fez ao restaurante escolar do IFPR Campus Paranaguá, que atende não apenas à comunidade escolar, mas também a moradores de uma região mais vulnerável da cidade, oferecendo refeições a preços acessíveis. “O restaurante de Paranaguá serve mil almoços e mil jantares por dia, com todos pagando o mesmo valor”, conclui.