Se tem algo que identifica um campo-larguense é o famoso ato de virar a louça e conferir se ela é nossa "conterrânea". Pode ser que você tenha nascido aqui ou passado alguns anos da sua vida na cidade, esse é um hábito certo e que não é desaprendido tão fácil. A louça é o aconchego, é sentir-se em casa apreciando uma boa comida, ainda que ela não pertença às suas raízes. É ter orgulho porque pode ser que aquela peça tenha passado pelas mãos de um conhecido ou mesmo de alguém da sua família, desde a matéria-prima, a pintura, a embalagem ou o carregamento. E como o campo-larguense gosta de sentir-se em casa, vive assim por onde quer que ande nessa cidade tão próxima de uma capital, que tem ganhado novos contornos, mas não perde sua preciosa essência interiorana.

Nesta quinta-feira ao se deparar com a grandiosidade da nossa Feira da Louça, que chega a sua 31ª edição, o orgulho transborda em nosso coração. Que linda celebração para um trabalho que marca a história de uma cidade, que faz parte de tantas famílias, seja de antigamente, de agora ou do futuro e que roda a nossa economia, faz o nosso nome chegar mais longe. Uma celebração que tem transcendido os limites do nosso município e que já é aguardada pelas pessoas tanto quanto por nós mesmos. Um sentimento único, que só quem faz parte, quem é campo-larguense de coração mesmo consegue descrever. Ouvir autoridades descrevendo a Feira como um marco paranaense de cultura, celebração de trabalho e triunfo da economia, faz com que o nosso coração bata mais forte também. Soa como uma poesia e um impulso para um ano ainda mais produtivo.

Sabemos quanto esforço nossos milhares de "artistas" trabalhadores destas fábricas colocam em cada peça. A atenção ao detalhe, o olhar atento e a experiência adquirida com o tempo e repassada às novas gerações têm o seu valor e está exposta nesse grandioso momento, em que milhares de pessoas irão apreciar e levar para casa. Servirão de relíquias, que ultrapassarão gerações, provando que o que é feito em Campo Largo é muito bem feito, são produtos de qualidade e atemporais. Falando em Arte, o que dizer da nossa Dama da Louça, que em poucos dias já se tornou um símbolo de Campo Largo? Inclusive, nossos leitores não economizaram nos pedidos de que ela esteja na entrada da cidade. Um grande desafio apresentado ao artista plástico campo-larguense Toto Lopes e que foi correspondido com maestria e à altura, resultando em uma escultura maravilhosa que evidencia nossas raízes e valoriza nosso povo. Que a Dama da Louça seja sim uma presença constante em Campo Largo, pois já é uma referência.

Por isso, campo-larguense, não se acanhe. Lembre-se que em primeiro lugar essa Feira da Louça é pensada em você, para que você conheça os trabalhos feitos na sua cidade e comunique para a sua rede de contatos. Compareça ao evento, que é gratuito, prestigie, adquira, ainda que seja uma caneca para tomar aquele café quentinho pela manhã ou pratinho de bolo para servir uma deliciosa sobremesa no meio da tarde de domingo, que faz toda a diferença no nosso dia e da nossa família. Celebre momentos com a sua família, aproveite a estrutura, passeie e conheça a sua cidade. Explore, vivencie momentos únicos.