Domingo às 11 de Maio de 2025 às 09:36:57
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Empossados e diplomados conselheiros que trabalharão na segunda unidade do Conselho Tutelar de Campo Largo

Aconteceu na manhã desta quarta-feira (31) a posse e diplomação de cinco conselheiros tutelares e mais um suplente

Empossados e diplomados conselheiros que trabalharão na segunda unidade do Conselho Tutelar de Campo Largo

Aconteceu na manhã desta quarta-feira (31) a posse e diplomação de cinco conselheiros tutelares e mais um suplente, em evento especial na Casa da Cultura Dr. José Antônio Puppi.
O evento iniciou com uma palestra sobre os 34 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com Maurício Cunha, para profissionais das mais diversas áreas e que atuam prestando atendimento às crianças e adolescentes em Campo Largo e também estudantes. Neste momento, Maurício frisou a importância da atualização dos profissionais e da tomada de decisão na hora do atendimento realizado, sempre buscando preservar a criança e trabalhar também com as famílias.

Após a palestra, foi o momento de diplomação e posse dos novos conselheiros tutelares: Sonia Cristina Ferreira Carlotto, Nicole Castagnolli, Maria Eliane Poleto Gequelin, Edson Batista de Goes e Priscila de Almeida, além da suplente Soeli Vandres Ribeiro.

“Esse é o resultado de um trabalho árduo, que vem sendo desenvolvido há muito tempo. Nós recebemos uma determinação, que uma cidade com mais de 100 mil habitantes tivesse mais um Conselho Tutelar, e hoje temos 140 mil habitantes, precisávamos colocar em prática. Iniciamos então a analise da folha de pagamento, buscar imóveis e, com a vinda da sede própria do Conselho Tutelar, deu mais possibilidades ainda de implementarmos essa segunda unidade. Para isso, tivemos também que alterar a Lei, que hoje institui dois conselhos e a cidade sendo dividida em dois territórios. A primeira sede é a própria, a segunda é alugada, mas já temos a promessa do Governo do Estado para a construção dessa segunda sede. É uma conquista muito grande, a demanda existe e assim faremos também um trabalho ainda melhor de prevenção e conscientização”, enfatiza o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Eliezer Leal, para a Folha de Campo Largo.

Esteve presente ainda na solenidade o Promotor de Justiça Dr. Rodrigo Baptista Braziliano, da 3ª Promotoria de Justiça do Foro Regional de Campo Largo, que frisou que o início do trabalho de mais uma unidade do Conselho Tutelar é garantir uma maior tutela ao direito da criança e do adolescente. “Campo Largo tinha uma demanda reprimida grande no Conselho Tutelar e já tínhamos detectado que havia mais de 100 mil habitantes, então desde 2017 o Ministério Público veio trabalhando para que fosse criado esse novo Conselho, para que haja o máximo de trabalho possível, tanto para retirar crianças e adolescentes da situação de violência vivenciada em casa ou nas ruas, e também no trabalho preventivo, inibindo uma ação de violência contra eles.”

Dr. Rodrigo disse à Folha, ainda, que hoje chegam muitos casos no Ministério Público ligados a maus tratos em casa, abuso sexual – que tem mostrado um crescimento preocupante, evasão escolar – que pode apontar a vivência de uma violência psicológica, sexual ou física -, fome, trabalho infantil, entre outros. “Nenhum atendimento deve passar desapercebido. O Conselho Tutelar é a linha de frente, a porta de entrada da tutela de crianças e adolescentes. É importante que toda a população tenha conhecimento dos direitos da criança e do adolescente e ao mesmo tempo protejam esses direitos. Uma criança na rua, em situação de vulnerabilidade, é um sofrimento extremo e pode vir a gerar consequências na própria comunidade, desde um ato infracional, dele não receber a educação adequada, entre outros. É preciso denunciar, tanto via Disque 100, Disque 180, no Ministério Público, no Conselho Tutelar, e outros canais existentes para a população que são gratuitos e até mesmo anônimos”, acrescenta.

A secretária municipal de Educação, Dorotea Stoco, destacou ainda que a pasta atua tendo em vista que a prioridade é sempre a criança. “Quando nós percebemos alguma dificuldade, seja com a questão familiar ou mesmo com outros aspectos que envolvam a nossa criança na violação de direitos, nós nos reunimos, discutimos e encontramos as melhores saídas. Conselho Tutelar e Educação precisam estar juntos na caminhada de proteção ao estudante. Esse diálogo existe, é uma parceria fundamental”, conclui.