Quinta-feira às 17 de Julho de 2025 às 04:34:40
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Clube de Futebol Adaptado completa dez anos de existência e comemora classificação para o nacional

O Clube de Futebol Adaptado (CFA), que é uma Ong campo-larguense que oferta a prática de esportes para pessoas com deficiência, completa em 2024 seus dez anos

Clube de Futebol Adaptado completa dez anos de existência e comemora classificação para o nacional

O Clube de Futebol Adaptado (CFA), que é uma Ong campo-larguense que oferta a prática de esportes para pessoas com deficiência, completa em 2024 seus dez anos de existência. Neste ano, pela primeira vez, a equipe participou de um campeonato de futebol de cegos, modalidade em que o Brasil é uma referência mundial, e conquistou a classificação para o nacional, que acontecerá em setembro.

A participação do CFA foi na fase Regional Sul/Sudeste, realizada na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul ainda no mês de abril. O fundador e presidente do time, Rafael Reis, explica que mesmo estreantes na competição e participando contra equipes que contam com jogadores de seleção, o clube campo-larguense garantiu a vaga para a disputa da Série B do Brasileiro, que deve ser realizada ainda esse ano, em São Paulo.
“Nossa equipe era a mais nova no campeonato e mesmo assim conseguimos bons resultados, nossos jogadores mostraram muito esforço e conseguimos, já em nossa primeira competição oficial, uma vaga em um campeonato nacional”, comemora Alessandro Macedo, que é o goleiro da equipe.

Futebol de cegos
“Na Ong oferecemos ainda a prática do futebol para pessoas com deficiência física e intelectual e é referência no esporte nacional. O futebol de cegos é um esporte paralímpico no qual o Brasil ganhou todas as edições até o momento, que são cinco ao todo. Jogam quatro jogadores de linha, todos cegos, que devem usar as vendas. A venda serve para garantir que atletas que tenham percepção de vultos ou luminosidade não tenham vantagem”, explica.

Segue dizendo que o goleiro é vidente, ou seja, é uma pessoa com deficiência, ele enxerga e é um dos responsáveis por coordenar a defesa do time. O goleiro tem uma área pequena que o limita, ele não pode sair e nem fazer defesas fora dela. Atrás do gol, fica o “chamador”, responsável por coordenar o ataque da equipe.
“Não tem lateral, a bola bate nas bandas laterais e volta pro jogo. A bola possui um guizo, o que é uma espécie de sino, para os atletas se localizarem. As regras são muito similares ao futsal convencional”, completa.