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Embriologista recebe prêmio Nobel

05-10-2010

Embriologista responsável pelo primeiro bebê de proveta do mundo ganha prêmio Nobel de Medicina. Robert Edwards é pioneiro nos estudos da técnica chamada fertilização in vitro.

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Embriologista recebe prêmio Nobel

05-10-2010

O embriologista inglês Robert Edwards é o ganhador do prêmio Nobel de Medicina de 2010 anunciado nesta segunda-feira (4) em Estocolmo, capital da Suécia.

O especialista é considerado o "pai" da fertilização in vitro, técnica que se baseia na colocação de espermatozoide com os óvulos para que aconteça a fecundação.

Robert Edwards e seu parceiro Patrick Steptoe foram os responsáveis pelo nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo, que nasceu em 1978. No Brasil, a primeira bebê de proveta foi Ana Caldeira, nascida em 1984.

O pioneirismo revoluciounou o tratamento de infertilidade ao fazer com que milhares de mães ao redor do mundo consigam realizar o sonho de ter filhos, como explicou o comitê responsável por anunciar o vencedor.

- Edwards foi premiado pelo desenvolvimento do tratamento da fecundação in vitro. Suas descobertas tornaram possível o tratamento da esterilidade que afeta uma grande parcela da humanidade e mais de 10% dos casais no mundo.

Por meio da fertilização in vitro (em laboratório), os médicos puderam resolver muitos problemas até então impossíveis de ser superados, como obstrução das tubas uterinas e a baixa qualidade dos espermatozoides.

Em 2009, um grupo formado por três pesquisadores dos Estados Unidos foi o ganhador do prêmio Nobel de Medicina. Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak foram homenageadas por seus estudos sobre envelhecimento das células e câncer

Todos os anos - desde 1901 - no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de seu criador, o Prêmio Nobel - que dá prioridade a descobertas, não a invenções - é entregue a pessoas que fizeram descobertas importantes, criaram técnicas inovadoras ou deram alguma contribuição de peso à humanidade.

O prêmio foi criado pelo químico e industrial sueco Alfred Nobel - autor da dinamite - em 1895. Ao morrer em 1896, ele deixou em testamento uma boa parte de sua fortuna para a realização da premiação.

Vencedor leva o equivalente a R$ 2,5 milhões

O prêmio consiste numa medalha de ouro, um diploma com a citação da condecoração e um valor em dinheiro, que varia de acordo com os rendimentos da Fundação Nobel, mas que normalmente fica em torno de 10 milhões de coroas suecas (R$ 2,5 milhões) - a ideia de Nobel era permitir que os homenageados continuassem a trabalhar ou pesquisar sem pressões financeiras.

Os prêmios são concedidos para realizações em:

Nobel de Física e Nobel de Química (decididos pela Academia Real das Ciências da Suécia)
Nobel de Fisiologia/Medicina (decidido pelo Karolinska Institutet)
Nobel de Literatura (decidido pela Academia Sueca)
Nobel da Paz (decidido por um comitê designado pelo parlamento norueguês)

O Prêmio Nobel pode ser ganho individualmente ou repartido entre até três pessoas. Pode não ser concedido num ano, o que permite a concessão de dois prêmios da mesma categoria no ano seguinte. Além disso, o prêmio em determinado campo pode não ser concedido por um ano ou mais - o que ocorre mais frequentemente com o Nobel da Paz.

Cada comitê manda convites aos meios científicos de vários países, para que digam quais seus eventuais candidatos. As nomeações são recebidas pelos comitês e, depois de serem estudadas e analisadas por especialistas, são transmitidas às instituições, que votam para escolher os vencedores.

Os homenageados têm o direito de recusar os prêmios. Mas as recusas só ocorreram por pressões políticas - como em 1937, quando Hitler proibiu os alemães de receberem o Prêmio Nobel, porque ficou irritado quando o Prêmio da Paz de 1935 foi concedido a Carl Von Ossietz, um jornalista antinazista que tinha revelado os planos secretos de rearmamento da Alemanha.

Fonte: R7 Notícias