Sexta-feira às 01 de Novembro de 2024 às 10:39:33
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Sol volta a brilhar e movimenta os campo-larguenses

Na agricultura, sol é importante para cultivo de milho e café, explica engenheira

Sol volta a brilhar e movimenta os campo-larguenses

“Dias com mais cara de verão” ao decorrer da semana. Após um período mais atípico que acompanha Campo Largo e toda a região metropolitana com frio, chuva e nebulosidade, os campo-larguenses se animam e podem curtir sol, calor e dias mais longos, com por-do-sol perto das 19h e nascer do sol antes das 05h30 com temperaturas mais amenas.

O resultado de dias mais quentes já se vê pelas ruas. Durante o feriado, muitas pessoas aproveitaram o sol e calor para passear pelos parques da cidade ou mesmo fazer caminhadas e andar de bicicleta pelas ruas.
Durante esta sexta-feira (18) e o final de semana, a previsão mostra dias ensolarados, que devem chegar a 28o°C. Na segunda-feira (21) há probabilidade de 30% de chuva, assim como nos demais dias da próxima semana.

Tempo e a agricultura
Quem comemora a incidência de sol são os agricultores, visto a cultura cultivada nesta época do ano. Conforme explica a engenheira agrônoma Débora Gabardo Rigoni, em geral essa é uma época das altivas, ou seja, plantações de transição entre inverno e verão, que neste caso estão mais propensas ao calor.

“Nós temos neste momento muitas plantações com folhosas, como a alface e a couve, e também alguns legumes, como a abobrinha. Durante o final de novembro, nossa região se destaca pela colheita de pêssego, maçã e ameixa também. No mês de dezembro, até fevereiro e março, teremos plantios mais característicos de verão, que necessitam mais da presença do sol, como o milho, soja, café e cana de açúcar, que podem sofrer atrasos.”

A engenheira explica que o plantio da transição não sofre tanto com as oscilações de temperatura, a menos que se tenha a presença de geada, por exemplo, o que não aconteceu no Paraná. “A geada sempre acaba sendo um fator bastante preocupante para nós, por há muitas perdas quando não há uma preparação adequada do local. Da mesma forma, as chuvas também podem causar interferências grandes, pela situação do agricultor não conseguir entrar no campo para colher ou plantar”, explica.

Porém, a região acaba recebendo legumes e frutas de outras áreas, como tomate e cenoura, que podem ter oscilação de preço visto interferência climática ou não apresentarem a sua forma mais bonita. “O excesso de chuva também pode interferir no sabor dos frutos, quando se passa ter a sensação de fruto aguado e sem gosto. Isso acontece porque a planta absorveu muita água e foi prejudicada, afetando o sabor e deixando o fruto ‘mais fraco’”, finaliza.