Aos 30 anos, a catarinense Marina Moreira Azambuja, que hoje vive em Campo Largo, recebeu um transplante de coração.
Aos 30 anos, a catarinense Marina Moreira Azambuja, que hoje vive em Campo Largo, recebeu um transplante de coração. O procedimento aconteceu em 31 de maio, mas só nesta semana viralizou nas redes sociais. Isso porque a paciente publicou um vídeo em que mostra o pai emocionado ao ouvir, com um estetoscópio, o batimento do novo órgão da filha pela primeira vez.
Ela conta que, desde a infância, o pai pedia para ouvir o batimento dela. Segundo Marina, ele sabia exatamente o som da pulsação antiga. Nesta quarta-feira (15), o vídeo tinha mais de 23 mil curtidas em uma rede social. “Muitas vezes ele chorava, e sofria, pelo fato dele não estar bem”, escreveu a mulher em uma publicação na sexta-feira (10).
Marina, que nasceu em Chapecó, no Oeste catarinense, foi diagnosticada com arritmia intra arterial aguda. Isso fez com que o ventrículo (parte do coração) dela não se desenvolvesse normalmente, se mantendo com o tamanho proporcional ao de uma menina de 14 anos. Já o átrio (outra parte do órgão) era considerado muito grande para a idade dela.
Quando o pai foi visitá-la no hospital onde o procedimento foi feito, a catarinense teve a ideia de registrar o momento em que ele ouvia o novo coração pela primeira vez. O encontro aconteceu cerca de 10 dias depois do transplante, já que ele não podia vê-la na UTI. “Pedi a permissão para ele poder ouvir meu novo batimento e gravei a reação dele”, escreveu na publicação.
Ao G1 SC, Marina afirmou que antes o batimento era acelerado e descompassado. “A parte de cima era muito grande e a de baixo muito pequena. Então, o coração não suportava todo o sangue que vinha de cima e jogava muto rápido ‘para fora’”, diz.
A decisão de entrar para a fila de transplante ocorreu há cerca de oito meses, quando a equipe médica de Marina percebeu que ela já estava tomando medicamentos muito fortes, com resultados insatisfatórios. Ela, então, se mudou para Campo Largo, já que precisaria estar perto do hospital caso fosse chamada para a cirurgia.
“Eu já não tinha muita força. Eu cansava fácil, tinha dificuldade para falar e respirar. O coração já estava muito inchado”, relata.
O anúncio
Marina conta que estava na igreja com uma amiga, em Campo Largo, quando recebeu o telefonema da médica informando que tinha um coração disponível para ser transplantado. Como ela tinha duas horas para chegar à unidade de saúde, a colega se ofereceu para ajudar no deslocamento.
“Essa amiga e o marido dela me levaram até em casa, porque eu estava bem nervosa. Ela arrumou minha mala eles nos acompanharam até o hospital. Foi muito emocionante do começo ao fim. Eu não sabia se eu pulava, gritava, chorava, corria. Era uma emoção infinita dentro de mim”, relata.
A paciente, agora transplantada, segue internada no hospital para acompanhamento, e deve ser liberada em cerca de 10 dias. A previsão é que Marina possa voltar a Chapecó em aproximadamente um ano.