Desde o ano passado comerciantes da Rua Marechal Deodoro têm se reunido para discutir as mudanças no trânsito no anel central de Campo Largo e buscam uma solução, pois refletiu em queda nas vendas
Desde o ano passado comerciantes da Rua Marechal Deodoro têm se reunido para discutir as mudanças no trânsito no anel central de Campo Largo e buscam uma solução, pois refletiu em queda nas vendas. Em reunião na manhã de terça-feira (03) na Associação Comercial e Empresarial de Campo Largo - Acicla, um empresário chegou a relatar uma redução de 20% no faturamento, o que acabou levando à demissão de dois funcionário em janeiro deste ano.
Pedem uma solução urgente, pois com a retirada das vagas de estacionamento do lado esquerdo da via, os clientes reclamam que não têm onde parar e com isso alguns têm deixado de frequentar os tradicionais pontos comerciais. A redução nas vendas têm impactado não só nos empresários, como também nos vendedores que ficam mais desmotivados por não baterem as metas e a consequente necessidade de reajustar o quadro de funcionários para acompanhar a demanda reduzida nas empresas.
Além disso, eles acreditam que a transformação da via em binário a tornou mais perigosa, com constantes acidentes já que os veículos andam com maior velocidade e pelo aumento do fluxo de carros. Aguardam a continuação da implantação do projeto, se ali realmente será implantada uma via calma, mas mesmo assim dizem que as mudanças se contradizem, pois binário é para dar mais agilidade ao tráfego, mas que não condiz com via calma e nem se colocar no coração da cidade. Opinam que se voltasse a ter as vagas dos dois lados poderia ser uma via calma e os binários apenas para melhorar o trânsito na ligação com os bairros.
Eles argumentam que se preocupam com o trânsito na cidade de forma geral, pois tudo impacta. Até mesmo problema na ponte da Colônia Cristina reflete na dificuldade dos moradores da região se deslocarem ao Centro.
Outro ponto discutido na reunião na Acicla foi o fato de ainda destinarem vagas de estacionamento, que já estão reduzidas, a pontos fixos para os ambulantes, que não pagam impostos e é um ponto a mais para prejudicar as vendas.
Reuniões continuam
Após o encontro na Acicla, os comerciantes foram recebidos por alguns vereadores na Câmara Municipal, os quais entregaram a eles um processo já elaborado sobre esse assunto, mostrando que há outras pessoas também insatisfeitas com as mudanças. Devido a isso, entraram em contato com o prefeito novamente, para terem uma ampla conversa sobre o assunto, a qual ficou marcada para o próximo dia 12.
Para este dia, os comerciantes devem levar um abaixo-assinado que inicialmente tinha a proposta de coletar mil assinaturas, mas que pela aceitação que está tendo das pessoas, deve superar esse número. Uma comerciante chegou a dizer que se impressionou porque é maior do que imaginava o número de pessoas que reclamam da falta de vagas para estacionar na Rua Marechal Deodoro.
Posicionamento do Executivo
Sobre a readequação do sistema viário da cidade, a assessoria da Prefeitura Municipal informa que “a reestruturação viária no Centro e no trânsito do município está em operação para ampliar a segurança aos motoristas e pedestres. Ações de mudança de sentido, redução no número de vagas no centro para estacionamento, marcação das sinalizações vertical e horizontal, foram realizadas pela Prefeitura no sentido de readequar o antigo intenso fluxo de veículos na áreas mais centrais.
Em consonância e aceitação dos comerciantes locais, a Prefeitura agiu para que o motorista e o pedestre campo-larguense usufruam de um trânsito adequado, melhor sinalizado, pensando na prospecção da cidade para daqui 30 anos.
O prefeito realizou um encontro com lideranças comerciais no final do ano passado, justamente para explicar a necessidade das mudanças para evitar conflitos e intenso congestionamento nas localidades. Os mesmos comerciantes aceitaram as readequações.
A Prefeitura se colocou à disposição para esclarecimentos. O projeto é adequado às normas de segurança da circulação de pessoas e veículos. Antes, a reclamação era que ninguém andava no Centro e agora está mais aliviado.”