Grande parte da população tem consciência da importância em ler todas as letras, principalmente as miúdas, na hora de fechar um contrato.
Grande parte da população tem consciência da importância em ler todas as letras, principalmente as miúdas, na hora de fechar um contrato. O problema é que, dependendo da situação, a emoção pode falar mais alto, o contrato é assinado sem uma leitura prévia com calma e bastante atenção. Quando os problemas surgem, como o não reembolso ou não prevê cancelamento do contrato, taxas exorbitantes e tantos outros que podem ser só o início do pesadelo, especialmente quando se fala em pacotes de viagens e férias.
Ana Carolina Braga Stallbaum, especialista na área de Turismo, com mais de 22 anos de experiência, explica que o primeiro passo é contatar uma agência de sua confiança. “Existem pessoas que podem fazer ótimas viagens com planejamento próprio, especialmente quando já se tem certa experiência, viaja bastante, mas é sempre muito arriscado. Dentro de uma agência nós podemos conversar até mesmo sobre o destino da pessoa, o que é melhor para ela relaxar, se ela tem filhos ou se já é uma pessoa de mais idade, vários fatores que irão influenciar muito.”
Ela explica que a partir do momento que tem pessoas capacitadas para realizar várias orientações e também direcionar as etapas, até mesmo sobre o que levar na mala para a região para onde irá viajar, a pessoa fica mais relaxada, pois sabe que existe um profissional cuidando dela e que em qualquer situação poderá ligar, tirar dúvidas ou até mesmo cobrar soluções.
“Uma viagem precisa ser planejada com um certo tempo de antecedência. É importante que o interessado procure por esse auxílio ao menos quatro meses antes da data – para viagens internacionais – e pelo menos de dois a três meses para viagens nacionais. É perfeitamente possível conseguir montar uma viagem com uma semana de antecedência, porém o valor será bem mais alto, tanto das passagens, dos hotéis e das taxas que precisam ser pagas. Além disso, existe também toda uma pesquisa sobre necessidade de visto para entrar no país, vacinas e outras situações que precisam ser analisadas caso a caso”, reforça.
Dicas para quem quer viajar sem ajuda
Se ainda assim quiser viajar sem a ajuda de uma empresa especializada, é importante ficar bem atento aos contratos que estão sendo fechados, pois existem muitas situações onde não há possibilidade de troca de datas, nem mesmo de cancelamento da viagem e resgate do valor pago.
Acomodações como hostel, por exemplo, são mais indicadas para pessoas solteiras ou casais jovens, pois muitas vezes não dispõem de uma privacidade ou facilidade maior para famílias com crianças e idosos.
É importante pesquisar bastante sobre vistos, vacinas, validade de documentos e outras questões. O roteiro deve contemplar situações de paradas, locais para refeições e considerar distâncias a serem percorridas, caso tenham crianças. “Quando há um trabalho de um profissional, nós verificamos até a questão de tempo em aeroporto, se existem voos que permitem uma conexão mais rápida, mas que não gerem problemas como atrasos ou percas”, finaliza.