Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 12:30:32
Geral

Campo Largo deve se mobilizar contra a dengue, alerta Vigilância em Saúde

Equipe de Saúde também está em alerta devido aos 70 casos suspeitos de Sarampo em Campo Largo, sendo 26 já confirmados.

Campo Largo deve se mobilizar contra  a dengue, alerta Vigilância em Saúde

A grande imprensa está focada no Coronavírus, um vírus que tem assolado a Ásia, especialmente a China, e assustado a população. Apesar de casos suspeitos dessa doença terem atingido o Brasil, as doenças como dengue e sarampo estão cada vez mais preocupando as autoridades, que estão alinhadas sobre a necessidade de serem tomadas medidas preventivas para evitar que o problema seja ainda maior.

Em Campo Largo nenhum caso de dengue existe - nem suspeito, nem confirmado -, mas por ser uma cidade que liga a região Norte com o Litoral do Paraná, deve ficar o alerta sobre a prevenção. Tanto o Norte, como o Litoral estão em situação de alto risco. Cidades maiores como Curitiba e Ponta Grossa estão classificadas como baixo risco, mas o que está preocupando profissionais da Vigilância em Saúde são os cidadãos transitórios. “Podemos considerar que os mosquitos do gênero Aedes – dentro de Campo Largo já foram identificados o Aedes Aegypti e o Aedes Abopictus – não possuem as doenças para transmiti-las, já que não temos casos confirmados.

Eles se tornam transmissores da doença caso piquem alguém infectado, e acabam espalhando. Porém, diariamente muitas pessoas de cidades diferentes acabam vindo para cá por alguma demanda hospitalar, para viajar e, por isso, deter focos desse mosquito se torna tão importante”, explica Leoni dos Santos, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde.

Ainda nesta semana, foi realizada uma reunião com todas as secretarias municipais, junto ao prefeito Marcelo Puppi, onde foram apresentados dados referentes ao município e também para tomada de decisão, frente a uma campanha contra a dengue que deve impactar toda a cidade. “Nós também participamos de uma reunião feita com outros municípios em Curitiba, com a presença de Rafael Greca, que enfatizou a necessidade de ações de limpeza e planos de ação. O Governo Estadual também tem incentivado medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito”, conta.

Em Campo Largo, a Vigilância em Saúde vem realizando o trabalho de investigação, prevenção e conscientização ao longo de todos os meses do ano e até já identificou focos no mês de julho, algo que não era comum há alguns anos. O mês com maior número de focos foi março, seguido de meses onde há maior incidência de chuvas.

Entre os bairros onde são encontrados mais focos do Aedes Albopictus – um inseto com características do Aedes Aegypti e que também pode transmitir doenças, os focos são considerados na fase de ovos e larvas do inseto – estão: Ouro Verde (29), Ferraria (26), Bom Jesus (24), Águas Claras (22), Itaqui de Cima (15), Rivabem (14) e Bateias (11). Focos também desse gênero foram encontrados na Colônia Dom Pedro, Centro, Cercadinho, Aparecida, Cambuí, Salgadinho, Itaboa, Botiatuva, Rondinha e Figueredo. Já focos do Aedes Aegypti foram encontrados no Ouro Verde (06), Rivabem (02) e Colônia Dom Pedro (01).

Ao encontrar essas larvas, é feita uma varredura de dez casas para a direita e para a esquerda, para identificar se novos focos são encontrados – que pode aumentar à medida que vão sendo encontrados. Elas são enviadas para análise tanto em laboratório da Prefeitura de Campo Largo, como do Estado, para constatação e confirmação do foco. A Vigilância em Saúde pede para que quem encontrar uma larva ou mosquito suspeito, leve até a Prefeitura para que essa análise seja feita.

“O mosquito transmissor é a fêmea, que se alimenta de sangue. Nosso apelo é que a população cuide do seu quintal, esteja atenta à água parada, por mínima que seja. Em todo o Paraná já são milhares de casos confirmados e até mesmo óbitos. Uma das perguntas que eu sempre faço é ‘qual a sua contribuição para manter o município livre da dengue?’, ela começa desde o quintal. Estamos em uma época de chuvas, cuide para não deixar água parada, cobre vizinhos e familiares para estarem atentos, pois a dengue é uma doença séria, que causa sintomas muito incômodos. Cuidar é o melhor caminho”, reforça.

“Quem for viajar para locais onde há classificação de alto risco, fique atento, use repelente e, se possível, evite realizar trilhas. Após a picada, a doença se manifesta em até 07 dias, então procure a Unidade Básicas de Saúde (UBS) em caso de suspeita, não se automedique”, alerta Claudenice Marques, chefe de Vigilância Ambiental.

Casos de sarampo
Até esta sexta-feira a Vigilância em Saúde já tinha recebido 70 casos suspeitos, dos quais 26 foram confirmados e dois indefinidos. Foram 13 homens e 13 mulheres infectados, principalmente na faixa etária de 10 a 29 anos, com 22 dos casos. A melhor forma de prevenir a doença é pela vacina, que está disponível em todas as UBS da cidade e manter hábitos de higiene, como lavar as mãos e manter ambientes arejados. Em caso de suspeita, procure imediatamente a UBS mais próxima da sua residência. Uma reunião será realizada nesta sexta-feira (07) para definir um plano de ação