Bastante compartilhado principalmente nas redes sociais,
o peitolé acabou virando moda nos últimos anos
Bastante compartilhado principalmente nas redes sociais, o peitolé acabou virando moda nos últimos anos. Trata-se de picolé feito exclusivamente com leite materno e a ideia foi colocada em prática e compartilhada pela campo-larguense Lauana Kikina Jetikoski (27), mãe da Mariana, que tem 06 meses de vida.
Ela conta que o primeiro trimestre de gestação passou à base de picolé, porque tinha muito enjoo e foi um período de muito calor. Comenta que é bem comum na sua família ter picolé ou sorvete no dia a dia e sua filha era a única que ficava de fora deste momento. Recentemente, viu na casa da sogra umas forminhas de sorvete e como já tinha lido na internet sobre o picolé feito de leite materno, resolveu fazer algo diferente para ela também poder se refrescar. “Também li uma matéria que o peitolé ajudava a aliviar a dor do dente e minha filha está numa fase que está coçando bastante a gengiva”, completa ela, que já começou a introdução alimentar.
Amamentando exclusivamente no peito até os 06 meses, por considerar um estabelecimento de vínculo, afetividade e um momento único só mãe e bebê, em que a filha consegue com o leite receber toda fonte de vitaminas e tudo que precisa, resolveu incrementar com o sorvete, além da introdução alimentar aos poucos.
A careta de Mariana foi inevitável no primeiro contato com o picolé, totalmente diferente do que estava acostumada até então, mas Lauana conta que ela gostou e continuou. “Ela toma o picolé inteiro e ainda acha ruim quando acaba”, diverte-se. Ela ressalta que para fazer o picolé esteriliza o recipiente na água fervendo, tira o leite e coloca direto nas forminhas para levar ao congelador. Só o leite puro.
A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que o peitolé, ou também chamado de tetolé, seja feito em formas de sorvete sem Bisfenol A. De acordo com a SBP, “a intenção é aliviar o bebê do calor e da erupção dentária, muitas vezes sofridas, e não alimentar o lactente; há que se tomar os mesmos cuidados de higiene na extração e armazenamento do leite materno, recomendados para doação do leite humano”. Além disso, “uma vez que esses critérios de segurança sejam levados em consideração, essa é uma opção que sempre deve ser discutida com o pediatra para uma orientação adequada em cada caso”.
Milagre
Lauana considera sua filha um verdadeiro milagre na sua vida e de seu marido. Relata que tinha obstrução nas trompas e ovário policístico e precisava de acompanhamento de especialista em fertilização para poder engravidar. O médico já tinha orientado a fazer cirurgia para poder engravidar e considerava impossível uma gestação natural e essa notícia acabou desencadeando um grave processo depressivo. Após um tratamento, chegou a engravidar em 2017, mas acabou tendo um aborto. Em meio a tantas dificuldades, quando já tinha desistido, foi surpreendida com a gravidez da Mariana. Hoje, valoriza cada segundo ao seu lado, como um grande presente.