Até 30 dias antes de falecer, Carmen Liberato Bot (94) ainda ia diariamente à Bot Art para ver o trabalho sendo realizado e conversar com os funcionários, tamanho era o amor que tinha pelo que fazia.
Até 30 dias antes de falecer, Carmen Liberato Bot (94) ainda ia diariamente à Bot Art para ver o trabalho sendo realizado e conversar com os funcionários, tamanho era o amor que tinha pelo que fazia. Muito lúcida, não era uma pessoa que passou por muitas doenças, mas recentemente estava tratando uma úlcera, e por isso estava internada no hospital quando não resistiu e veio a falecer nesta segunda-feira, 06. Era viúva de Santo Bot e deixa os filhos Suili, Celia e Rogério, oito netos e seis bisnetos.
Nascida na região do Caratuva, por volta dos 13 anos de idade começou a trabalhar na Cerâmica Parolin, aonde era uma das responsáveis em produzir xícaras. Aos 20 anos casou e foi morar em São José dos Pinhais, onde atuou como comerciante no ramo de louças por 17 anos.
Voltou para Campo Largo a pedido da mãe, Veneranda Liberato Gaia, para assumir uma pequena fábrica de louças de seu irmão Angelo Liberato, em 1963. Era uma empresa pequena, de 200m2. Mais tarde, em 1967, ela fundou a Bot Art, onde trabalhou até se aposentar, aos 60 anos. Mas devido ao grande amor por tudo que sempre fez com muita dedicação, desde então ia diariamente para a empresa, que foi assumida pelos filhos e genros. Hoje a Bot Art vende principalmente louça de hotel e restaurante para todo o Brasil. Com grande crescimento ao longo destes anos, a fábrica emprega mais de 40 pessoas e tem uma estrutura de mais de 7 mil metros quadrados, além da loja na BR-277 com cerca de 450m2.
Sempre com grande conhecimento do comércio e de pintura em louças e vasos, era uma grande parceira do marido no trabalho, como também na vida pessoal. Carmen já deixa muita saudade por ser muito presente na vida de todos os familiares. Era uma mulher comunicativa, de muitos amigos, querida, que valorizava muito a família e era bem envolvida com a Igreja. Gostava de ir para a praia e também de mexer com flores e no jardim. Uma pessoa muito simples, sempre pronta para ajudar o próximo e que deixará boas lembranças para quem a conhecia.