Parque abriga o Museu do Mate, que conta parte importante da história do Estado do Paraná e de Campo Largo.
O Parque Histórico do Mate já foi um dos principais pontos turísticos da cidade de Campo Largo. Mais do que isso, o Parque abriga em sua extensão territorial, de 317.000 m2, o Museu do Mate, que conta uma parte importante da história do Paraná e também do município: o ciclo da erva-mate. Durante os séculos XIX e XX, a erva-mate foi a principal atividade econômica do Estado.
Após o fechamento do local, em 2011, o maquinário original exposto no museu, que preserva a história do ciclo ervateiro, foi remanejado para o Museu Paranaense, localizado em Curitiba. Enquanto manteve suas atividades, o Museu do Mate tinha visitas guiadas, com explicações históricas e culturais sobre seu acervo e sobre os vários engenhos que existiram em Campo Largo.
O Parque já havia passado por uma restauração e foi reaberto em 2005. O museu é o único do Paraná e do Brasil que abriga um engenho de erva-mate, tornando-o ainda mais relevante histórica e culturalmente. Na época, uma exposição de reinauguração foi realizada no local. O museu foi tombado em 1984 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN) e é o único bem do município que recebeu essa certificação.
Mas mesmo com tanta história a ser contada e milhares de visitantes, o parque permanece de portas fechadas após a CCR Rodonorte, concessionária que administra a BR-277, onde se localiza o parque, ter constatado que a entrada e saída de veículos não era adequada. “A Rodonorte alegou que o acesso que existia era muito inseguro e que poderia ser causa de tragédias ”, conta Milton Casemiro, coordenador do Acervo Histórico Municipal.
Reabertura
Ainda não há uma data prevista para a reinauguração do Parque do Mate. Recentemente, Prefeitura e Estado se reuniram para discutir a situação do local que precisa de reparos para ser reaberto, não apenas para garantir a segurança no tráfego para quem chega ou sai do parque, mas também em algumas de suas instalações. A Prefeitura fez uma solicitação junto ao Governo do Estado e a Rodonorte para que a questão do acesso seja resolvida.
Além de toda a sua importância histórica, a área tem uma grande riqueza de fauna e flora, o que faz com que os cuidados de preservação para a sua reabertura sejam redobrados.
Embora haja toda uma burocracia até a reforma, Casemiro acredita que em 2020 o parque já esteja apto para receber novas visitas. “Na reunião, o Estado se mostrou aberto ao diálogo e interessado na reabertura do parque, principalmente para incentivar a questão do turismo na região”, ressalta Casemiro.