27-08-2010

Podemos nos orgulhar: Nós, os campo-larguenses, por produzirmos a melhor porcelana do mundo. Por isso, o nome do Município ostenta um sobrenome: "Capital Nacional da Louça". Não fosse isso a nossa maior indústria do setor, a Schmidt, já teria desaparecido, tamanho é o problema que a empresa vem enfrentando, há mais de um ano. É, talvez, a maior e mais longa crise que uma indústria do setor enfrentou, ao longo da sua história.

Mas a Schmidt está lá, um pouco cambaleante, é certo, mas ainda de pé. Sua última Diretoria, montada na década de 80, acaba de ser destituída e um novo acordo de acionistas está elegendo um novo diretor Presidente, uma nova orientação societária e, o que é mais importante, abrindo as portas para o desembarque de novo capital, capaz de sanear e revitalizar a empresa, fazendo-a voltar à liderança do setor. Liderança esta que, apesar da crise, não foi abalada, tamanha é a confiança do consumidor, no produto.

A qualidade do produto é tão grande, que tudo o que a Schmidt conseguir produzir, o mercado compra, o céu é o limite. Há, inclusive, clientes dispostos a comprar o produto futuro, ou seja, aquele que ainda não foi produzido. Por isso a confiança dos acionistas na reestruturação da Diretoria e na mudança da Administração. Vale muito, o patrimônio da empresa, seus imóveis, seus equipamentos, suas minas, sua marca. Vale, muito mais, ainda, a qualidade dos seus trabalhadores, a habilidade dos seus artesãos, que apesar da crise, continuam esperançosos, continuam aguardando a luz, no fim do túnel. Luz esta, que deve aparecer, com a presença dos novos administradores, na Assembleia marcada para a "madrugada" (sete horas) desta sexta-feira (27), no portão da empresa, no Itaqui.

A Reportagem da Folha de Campo Largo vem acompanhando o desenrolar da crise, desde meados do ano passado, com muita responsabilidade, com isenção, e, como todos os campo-larguenses, com a esperança de que, no final, o nosso patrimônio seja preservado, e volte a produzir riquezas. E quando dissemos nosso, não exageramos, a Porcelanas Schmidt é sim, patrimônio dos campo-larguenses, principalmente daqueles que viram nascer esta, que se tornou a maior indústria de porcelanas do Continente. Vamos continuar, sim, vendo com orgulho, o "selo" da Schmidt, nos fundos das xícaras e dos pratos, em todo o mundo, temos fé!