Vollrad Paganelli (84), um dos mais tradicionais massagistas de Campo Largo, faleceu nesta quinta-feira (16), após dois meses hospitalizado. Natural de Timbó-SC, ele veio para Campo Largo ainda jovem, onde passou a trabalhar na Incepa, na implantação da empresa, e onde se aposentou. Ligado ao esporte, foi jogador do Britânia, em Curitiba, ele aprendeu a fazer massagens como o antigo massagista Massaneiro, nos clubes da Capital.

Após sua aposentadoria na Incepa, Paganelli passou a fazer massagens em sua casa. As pessoas o procuravam sempre que necessitavam de um alívio para dores musculares, em qualquer parte do corpo. Era uma bênção, quando as pessoas saíam das sessões de massagem “desentrevadas”. E agradeciam às “mãos milagrosas” do “Seu Paganelli”. Ele não cobrava nada, nunca cobrou, dizia que tinha recebido um dom de Deus e não poderia cobrar. As pessoas pagavam o quanto quisessem, ou não pagavam, apenas agradeciam.

O fim

Durante a tempestade de granizo de 17 de outubro de 2014, Paganelli sofreu um AVC – Acidente Vascular Cerebral, que deixou sequelas. De lá para cá ele teve uma série de complicações de saúde até que, há cerca de 60 dias, foi internado no Hospital São Lucas, onde faleceu nesta quinta-feira (16). O corpo foi sepultado no final da tarde desta sexta-feira (17), no Cemitério Municipal, com grande presença de público, amigos e clientes que não cansavam de exaltar a qualidade do trabalho de Paganelli, como massagista.

Muito querido pela população de Campo Largo, Paganelli atendia clientes de toda a região, que o conheciam graças às informações de parentes e amigos que haviam sido tratados por ele. Deixou viúva Aglaci Paganelli, três filhos, cinco netos e cinco bisnetos.