01/09/2015

Por Luis Augusto Cabral

A proposta popular pela redução dos salários dos vereadores repercutiu na Câmara Municipal, na sessão da segunda-feira (24), mas o assunto, por enquanto, ficou só no bate-boca. Legalmente a Câmara Municipal só pode reduzir os salários a partir da próxima legislatura, 2017/2020, mas foi feita a sugestão, pela vereadora Fernanda do Nelsão, para que os colegas que defendem a redução, que assinem um documento e o protocolem na Mesa, determinando a doação dos seus salários para uma instituição de caridade.  
Enquanto um grupo de manifestantes pedia que os vereadores reduzissem seus próprios salários, no plenário alguns vereadores falaram sobre o assunto, com destaque para Luiz Rossato, que disse ser a favor da redução de até 70% dos salários. Após a fala de Fernanda do Nelsão, que chamou a atenção para a demagogia que se fazia com a proposta populista, o assunto foi deixado em segundo plano.

População
Pouco frequentadas pela população, as sessões da Câmara Municipal costumam ser tranquilas, sem grandes discussões. Vez por outra, porém, movimentos populares se reúnem para reivindicar uma ação, daquele Poder. Nesta segunda-feira, um grupo ocupou o espaço para pedir que os vereadores reduzam seus salários. Foi distribuído, inclusive, um rascunho de documento para que os vereadores preenchessem, doando seus salários para uma instituição de apoio a crianças e menores carentes.
Joacir Alves, um dos idealizadores do protesto, disse que neste sábado ele e seus amigos foram ao calçadão da XV de Novembro colhendo assinaturas num abaixo-assinado, para um projeto de iniciativa popular propondo a redução dos salários dos vereadores. Eles pretendem colher pelo menos seis mil assinaturas para o pedido ter validade jurídica.  
A sessão de segunda-feira foi bastante atípica, também com a discussão sobre uma possível isenção de ISS para a RodoNorte construir a trincheira no km 104, e o pedido de uma segunda parada do ônibus de Palmital de São Silvestre, no trajeto para a cidade.