A Câmara Municipal de Campo Largo deverá discutir, nos próximos meses, a possibilidade de aumentar o número de vereadores do Município para 13, 15, 17 ou 19, o máximo permitido pela legislação.<
09/03/2015
Por Luis Augusto Cabral
A Câmara Municipal de Campo Largo deverá discutir, nos próximos meses, a possibilidade de aumentar o número de vereadores do Município para 13, 15, 17 ou 19, o máximo permitido pela legislação. A iniciativa de um grupo de vereadores tem posições contrárias na própria Câmara e os argumentos são bastante fortes, de ambos os lados. O mais contundente deles é o aumento dos gastos que, por outro lado, ficariam dentro do Orçamento do Orçamento do Legislativo Municipal.
Os vereadores a favor da medida argumentam que “quanto mais parlamentares, melhor, porque enriquece o debate e serve melhor aos cidadãos”. Dizem, ainda, que “com mais vereadores, fica mais difícil fechar questão, e isso é bom para a Democracia”. Os contrários destacam o aumento das despesas e a necessidade de construção de um anexo, no prédio do Legislativo Municipal, além da contratação de mais funcionários.
Como se posicionam
A Folha de Campo Largo resolveu entrevistar individualmente cada vereador, para saber sua posição sobre o assunto.
Josley de Andrade é a favor, e diz que a cid ade precisa de mais representantes no Legislativo e que com mais vereadores fica mais difícil qualquer manobra.
Darci Andreasa também é a favor, argumentando que é preciso enriquecer o debate na Câmara Municipal.
Já Lindamir Ivanoski , é contra; seu argumento é qu e o número atual de vereadores, 11, é suficiente e que é preciso fazer economia. Lembra que tem o seu salário de professora aposentada, e que muitas vezes tem que ajudar as pessoas até com remédios. Sabe que esta não é uma função de vereadora, mas sabe que não pode deixar as pessoas na mão. “Estamos em crise, não é momento de aumentar despesas”, disse ela.
Outra vereadora que é contra o aumento do número de representantes é Cléa Oliveira, vice-presidente do Legislativo. Ela disse que, principalmente devido à crise que atravessamos, é contra. Lembra que para aumentar o número de vereadores é preciso ampliar o espaço físico da Casa, construir um anexo. “Onze já está de bom tamanho. A cidade está muito bem representada”, disse ela.
Junior Torres é a favor e lembra que Balsa Nova tem nove vereadores, um para cada 1.300 habitantes, e que Campo Largo, com 11, tem um vereador para cada 11.400 habitantes. Disse que vai defender o aumento das vagas na Câmara, para 15 ou 17 e disse que isso não deve representar aumento das despesas e que o custo deverá ficar abaixo do Orçamento que a Câmara tem direito, constitucionalmente, e que hoje não utiliza de seis por cento do orçamento do Município.
Fernanda do Nelsão também é a favor, defendendo a ide ia de que Campo Largo precisa ter mais representantes no Legislativo Municipal. Lembra que os eleitores precisam de mais representantes para ter mais espaço para falar e discutir suas ideias e opiniões. É contra, entretanto, ao aumento das despesas.
Marcio Ângelo Beraldo, presidente da Casa, também é a favor, sob o argumento da maior representatividade. Ele acredita que uma Câmara maior aumenta a credibilidade e promove mais rigor no seu papel principal, de fiscalização. Lembra que a Câmara tem direito a 6% do Orçamento do Município, que hoje é de R$ 270 milhões, cerca de R$ 18 milhões), mas que utiliza apenas cerca de 3%, perto de R$ 8 milhões. Disse que a construção do anexo já está prevista para atender o maior número de vereadores.
Outra vereadora
contra o aumento é Sueli Terezinha Guarnieri. Ela diz que o número atual é suficiente, que vai discutir o assunto, mas que, de antemão, é contra porque sabe que vai aumentar o custo do Legislativo Municipal.
Também contra é o vereador Luiz Antonio Rossato. “Aumenta os gastos e por isso sou contra. O número atual está bom, é suficiente, Campo Largo está bem representado”, explicou ele.
Dirceu Mocelin é contra a medida. Seg undo ele, aumentar o número de vereadores é aumentar as despesas, é estourar o percentual da Folha do Município. Ex-presidente, disse que em dois anos devolveu R$ 2 milhões para os cofres do Município, e mesmo assim fez muita coisa na casa, inclusive com aquisição de novos equipamentos de informática e veículos. “Estamos em crise, no Município, no Estado e no País, não é hora de aumentar despesas”, acrescentou ele.
O último a votar na enquete da Folha foi o vereador
João Marcos . Foi ele quem desempatou a discussão, votou contra, somando seis votos contra e cinco a favor. Ele é contra porqu e acha que a Câmara não deve aumentar as despesas. Só votaria a favor se baixassem os salários dos vereadores e não houvesse contratação de novos funcionários.