16-04-2010
Um levantamento realizado em 2009 mostrou que Campo Largo tem 4.600 famílias vivendo em áreas de ocupação irregular.
16-04-2010
Um levantamento realizado em 2009 mostrou que Campo Largo tem 4.600 famílias vivendo em áreas de ocupação irregular. Destas, 2.020 estão em áreas públicas e 2.580, em áreas particulares não regularizadas. Das que estão em áreas públicas, 662 podem ter seus imóveis regularizados e 861 ocupam fundos de vale, dos quais 225 em áreas de alta declividade e 230 em faixas não edificáveis. O Município necessita construir, com urgência, 1.358 residências para realocar estas famílias.
Um trabalho extremamente criterioso está sendo realizado pelo Departamento de Habitação da Prefeitura Municipal, que tem à frente o bacharel em Direito, com especialização em Regularização Fundiária, João Marcos Cavalin Cuba. A Reportagem da Folha o entrevistou, no início da semana, para saber o que a Administração do prefeito Edson Basso está fazendo para solucionar o problema. Nos próximos meses, o Município vai iniciar as obras para construção de 663 unidades habitacionais, para as famílias que estão em situação de maior risco.
Casa Própria
João Marcos explicou que, em 2010, o Município deve construir 96 casas através do programa FNHIS - Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social; 321 casas através do programa Minha Casa Minha Vida e 216 apartamentos, também através do Minha Casa Minha Vida. Já estão cadastradas, no Departamento, 3.700 famílias, sendo 3.500 com renda mensal entre zero e três salários mínimos e 200 entre três e seis.
A Prefeitura Municipal está trazendo 194 casas que serão construídas no São Gerônimo, região do Parque da Lagoa. Destas, 158 casas são para famílias com renda entre zero a três salários mínimos e 36 para famílias com renda entre três e seis. Serão construídas, ainda, 127 residências, na região do Cristo Rei, para família com renda entre zero a três salários mínimos, que estão em situação de risco, sendo 96 através do FNHIS.
Também já está aberto o processo licitatório para a construção imediata de 60 residências, para famílias que se encontram em área de Preservação Permanente, área de risco com alta declividade, na região do São Lucas, e mais 36 residências para famílias que estão em situação de vulnerabilidade social. Além destas, serão construídos, ainda esse ano, 216 apartamentos para famílias com renda entre três e seis salários mínimos, no São João, atrás da Madeireira Rivabem.
As áreas de maior vulnerabilidade, como o Albina Grigoletti e as áreas laterais da PR-423, no Itaqui, e a região de encostas e fundo de vale entre o Jardim Itália e Anchieta, o Razera, estão entre as áreas de prioridade absoluta, que serão atendidas imediatamente. O objetivo é realocar as famílias que estão sob risco, antes que aconteça, aqui, tragédias como as verificadas no Rio de Janeiro e Niterói.
Segundo João Marcos, o investimento em habitação popular, em Campo Largo, está com atraso de mais de 20 anos, mas o problema pode ser solucionado totalmente em cerca de seis a sete anos, se todos os projetos atuais forem executados.
O Departamento continua cadastrando as famílias que têm renda entre três e seis salários mínimos, que necessitam de casa própria. Para esta faixa de renda (três a seis s.m.) há espaço para inclusão imediata, no programa habitacional.