22-02-2010
Padre Marcelo inicia sua vida sacerdotal na Matriz da Piedade
22-02-2010
Natural de Belém do Pará, filho de família de origens gaúcha e paraense, Alexandre da Silva Castro, morou desde criança no Bacacheri, em Curitiba, onde, já aos 14 anos sentiu uma forte vontade de seguir a vida religiosa. Filho único, percebeu no pai (que queria ver o filho casado e com família numerosa), uma objeção à sua vocação, e resolveu obedecê-lo. Continuou os estudos e formou-se Técnico em Eletrotécnica e Engenharia Industrial, no antigo Cefet e chegou a trabalhar na Copel, por cerca de um ano, onde tinha uma promissora carreira.
Falecido o pai, Alexandre passou a acompanhar a mãe no Grupo de Oração Cedro do Líbano, na Igreja do Cabral. Em dois meses, largou tudo e foi seguir o seu coração, um chamado de Deus para uma missão especial, a vida religiosa. Dois anos depois ele terminou a Pastoral Vocacional e entrou para o Seminário Bom Pastor, onde cursou Filosofia, por três anos e depois mais quatro de Teologia. No último dia seis de fevereiro, ele foi ordenado sacerdote e foi designado para a Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Campo Largo.
Vocação
Padre Marcelo fala de uma fé inabalável, no Chamado Divino para a vida sacerdotal. Lembra que o pai, Nadir Silva Castro, engenheiro florestal, era intransigentemente contrário à sua vocação. A mãe, bióloga Nilza Maria da Silva Castro, pelo contrário, via sempre com doçura e bons olhos, a idéia do filho tornar-se religioso. Quando o pai faleceu, a mãe dona Nelza, passou a frequentar o grupo de orações Cedro do Líbano e, ao ser convidado para participar do grupo, Marcelo adiantou que, se fosse, poderia largar tudo, profissão e vida profana, o que acabou acontecendo.
“Eu tinha 14 anos quando resolvi fazer a Primeira Comunhão, por conta própria. Depois Crisma. Conheci o frei dominicano João Brasílio, e foi para ele que falei, pela primeira vez, da minha vontade de seguir a vida religiosa. Também foi dele o primeiro incentivo. Com a rejeição da idéia, pelo meu pai, guardei para mim, por muitos anos, esta vocação. Depois da morte dele, a vocação adormecida acordou. Quando falei para meus colegas de profissão, que iria abandonar tudo, para seguir a vida religiosa, alguns foram contra, disseram que eu estava louco”, explicou o sacerdote.
“Como Diácono fiz um ano na Paróquia Sagrada Família, no Alto Maracanã, em Colombo. Para mim é uma grande alegria poder iniciar a minha vida sacerdotal em Campo Largo, na Matriz de Nossa Senhora da Piedade. Campo Largo é uma cidade abençoada por Deus. Nossa Igreja tem muitos padres campo-larguenses, com destaque para o Padre Chemim, Dom Pedro Fedalto e muitos outros. É uma terra de grandes vocações sacerdotais”, disse o Padre Marcelo.
Como Vigário Paroquial ele quer se dedicar integralmente para ser um verdadeiro instrumento de Deus. Pretende trabalhar com maior atenção à Pastoral Hospitalar, aos Ministros e à Legião de Maria, bem como na Catequese, uma vez que acredita ser Campo Largo, um dos mais importantes celeiros vocacionais do Estado.
O Padre Marcelo, além das atividades religiosas que começa a desenvolver na cidade, está cursando Mestrado em Teologia na Pontifícia Universidade do Paraná PUC, o que acredita ser uma nova caminhada pessoal, muito importante para sua vida sacerdotal, mas também para a Igreja.