06/01/2012
A tragédia que se abateu sobre Campo Largo na manhã da última Terça-feira (03), que vitimou o empresário Luiz Eduardo Cequinel, o qual sofreu ferimento grave, produzido por arma de fogo, poderia não ter acontecido, se os assaltantes tivessem fugido levando apenas o dinheiro. A Polícia cercou a casa e dois assaltantes foram presos, tendo o terceiro fugido após render outro cidadão, que passava pelo local no exato momento da fuga.
No momento em que a casa foi cercada, dois dos assaltantes fizeram reféns o empresário e uma funcionária. O que fazia o empresário de escudo, seguia atrás do primeiro, que tinha a mulher como refém. Nesse momento Luiz Eduardo foi atingido pelo projétil de arma de fogo. O assaltante que estava com ele, foi preso, enquanto o outro, que levava a mulher, sequestrou outro cidadão e fugiu. O segundo assaltante, também se rendeu aos policiais.
As autoridades de Segurança Pública divulgam, exaustivamente, que o cidadão nunca deve reagir a um assalto. O assaltante, com uma arma na mão, é potencialmente perigoso. Qualquer movimento da vítima pode fazer com que ele aperte o gatilho e cause uma tragédia. Muitas vezes eles, os assaltantes, cometem o crime sob efeito de drogas, ou são inexperientes, estão nervosos. É preferível, portanto, não reagir. Afinal, é melhor perder os anéis do que os dedos.
Mas a Polícia foi acionada e, por dever, os policiais cercaram a casa e deram voz de prisão aos assaltantes. Só que um tiro foi disparado, a vítima que estava sob o domínio de um dos bandidos foi atingida com gravidade. Estavam no local, além das vítimas e dos assaltantes, dois dos quais armados. Armas, haviam outras, as dos policiais militares (dois) e dos guardas municipais (três). Todos os assaltantes estavam armados. O empresário foi atingido por um projétil de arma de fogo, provavelmente calibre 38. Não se sabe, até o momento, qual a arma que o assaltante que conseguiu escapar, portava.
Precisamos historiar esse fato, com a máxima precisão, para concluir que, até o momento, não se sabe, pelo menos não está registrado no inquérito policial que apura o caso, quem atirou no empresário, se os assaltantes ou se, acidentalmente, um policial.
O “Não Reaja”, que aprendemos desde criança, não foi observado pelos policiais que estavam no local. Nessas condições, reza o Manual de Operações das polícias, que somente um policial treinado para situações dessa natureza, com equipamento especial, poderia efetuar um disparo, para atingir e imobilizar o assaltante. Parece que não foi o que aconteceu. Por isso, na dúvida, é melhor deixar o ladrão fugir.