18/11/2011

Na edição desta semana, a Folha de Campo Largo aborda, dentre outros assuntos, a interminável fila na agência central dos Correios, em Campo Largo. A empresa, desde o início do mês, deixou de atender a população pela manhã, no chamado Posta Restante, departamento no qual as pessoas vão procurar as correspondências que, por um motivo ou outro, não foram entregues em sua residência.
São inúmeras as reclamações dos campo-larguenses, que são obrigados a passar uma hora e meia, até duas horas, naquela fila, que se forma diariamente logo após o Meio-dia, e permanece com 50, até 100 pessoas, até por volta das 16 horas, quando diminui. O atendimento é feito das 13 às 17 horas.
As razões para que as correspondências não são entregues nas residências são várias. Deveria ser excessão, mas parece que virou regra. Tanto que até mesmo corespondências oficiais, como documentos de veículos enviados pelo Detran, que em todas as cidades as pessoas recebem em casa, aqui passamos a receber quase que naturalmente, na agência dos Correios.
Na agência, as informações dos funcionários são de que muitas pessoas não recebem em casa porque moram na zona rural, onde as correspondências são entregues em postos de Saúde e outras repartições públicas, em caixas postais. E cada morador pode fazer a sua Caixa Postal, para essa finalidade.
Mas não são apenas as correspondências da zona rural que vão parar nos guichês do Posta Restante. São cartas e boletos bancários, de lojas e até de bancos, além de documentos ainda mais necessários, como o Certificado de Licenciamento de Veículos. O cidadão, depois de pagar as taxas e tributos, aguarda que o órgão lhe envie para a residência, como sempre aconteceu, o comprovante, o documento de uso obrigatório. Espera um mês, dois, e nada. Vai, então, aos Correios, e depois de ficar uma hora e meia na fila, descobre que não tem um número alí exigido, o tal do número da postagem, que só o órgão emissor pode fornecer.
Revoltado, o usuário se obriga a voltar para casa, para poder usar um telefone fixo e ligar para o Detran. Quando consegue completar a ligação, o atendimento não demora, bastando que ele forneça o nome, RG e o número do Renavan, algumas vezes o endereço, para que o funcionário forneça o tal número da postagem. Só então o cidadão pode voltar à fila dos Correios, e enfrentar novamente uma hora ou mais, para poder conseguir o seu documento.
A maioria das pessoas, na fila, reclama da falta de respeito com a população, pois se a correspondência fossem entregues, como deveriam, na residência, nada disso estaria acontecendo. Há, inclusive, quem argumente que se a empresa não consegue realizar a sua função, que é entregar a corespondência em casa, necessita de uma concorrente, talvez até mesmo uma empresa privada, que cumpra a função.