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Moinho ampliará moagem na Itambé

30-11-2009

Corpo do moinho pesa 160 toneladas e tem 4,5 metros e diâmetro por 14 metros de largura.

Moinho ampliará moagem na Itambé

30-11-2009

  Incremento de 10% faz parte da primeira etapa da 3ª linha de produção.

O corpo do moinho de cimento da terceira linha de produção da Cia Cimento Itambé, localizada em Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), chegou na semana passada ao canteiro de obras da unidade. Resultado de investimentos de R$ 400 milhões, a previsão é de que a linha de produção entre em funcionamento em 2011, elevando a capacidade de produção de cimento da fábrica de 1,5 milhão de toneladas por ano para 2,8 milhões de toneladas por ano.

     Já em 2010, com o início do funcionamento apenas do moinho apontado como a primeira etapa da terceira linha, a capacidade de moagem de cimento da unidade de Balsa Nova terá um incremento de cerca de 10%, segundo projeção do superintendente da Cia Cimento Itambé, o engenheiro Paulo Aguiar.
     “A terceira linha de produção, como um todo, dará uma sobrevida de 5 a 10 anos à fábrica da Itambé, dependendo do comportamento do mercado”, explica Aguiar. A afirmação do engenheiro toma como base o crescimento projetado para a economia nacional entre 4% a 5% ao ano, conforme as últimas previsões de analistas para o País no pós-crise.
     O executivo ressalta que atualmente a produção anual da Cia Itambé está muito próxima da capacidade. “Estamos com uma produção de 1,3 milhão de toneladas ano”, diz. Além da terceira linha, Aguiar lembra que no projeto de ampliação da empresa já há a previsão de uma quarta linha, porém ainda sem data definida para a construção. “Tudo vai depender de como irá se comportar o mercado daqui para diante”, pondera.

     Com a terceira linha de produção, a Cia de Cimento Itambé pretende ampliar o mix de produtos disponibilizados ao mercado com uma linha de cimento pozolano — indicado para grandes obras hidráulicas, como barragens, etc. Atualmente a Itambé vende cinco tipos de cimentos, concreto, brita e areia, além de trabalhar como o co-processamento de resíduos industriais.
     “A empresa tem a preocupação de ter um sistema de produção o mais amigável possível à natureza, uma vez há a emissão de CO2 no processe de produção de cimento”, diz. “Mas todas as nossas emissões são medidas e monitoradas de acordo com as normas ambientais e a certificação ISO14000”, argumenta o engenheiro sobre o uso dos resíduos industriais no processo para ou a geração de energia nos fornos ou incorporação dos ingredientes da massa para produzir cimento.
     Empregos — A implantação da terceira linha de produção da Cia de Cimento Itambé está prevista para ser concluída em três anos. Até lá a estimativa é de que sejam gerados 750 empregos diretos e indiretos na obra. Apenas na implantação do moinho estão trabalhando entre 200 e 300 trabalhadores da região. Na linha de produção, a partir de 2011, serão empregados 75 funcionários.

     A Itambé tem 35 anos e emprega hoje 700 pessoas entre a unidade de produção de Balsa Nova, administração com sede em Curitiba e extração do calcário na mina de Campo Largo, cuja lavra é de cerca de 300 anos.
     Logística — O corpo do moinho, que chegou na semana passada a fábrica da Itambé, é uma peça de origem chinesa toda feita de aço. Ela mede 4,5 metros de diâmetro por 14 metros de largura e pesa 160 toneladas. Ela saiu da China no dia 19 de setembro. Para o transporte da unidade, que chegou ao Porto de Paranaguá no início de novembro, foram necessárias 20 carretas que contaram com o trabalho de batedores e licenças especiais para trafegar pela BR-277 até a fábrica, em Balsa Nova. Além dessa peça, outras 34 carretas foram necessárias para o transporte do motor, redutor, separador e steel balls do moinho.

Fonte:Bem Paraná