09-09-2011
Saiba o que fazer para evitar doenças agravadas pelo mofo
09-09-2011
Ar puro também é sinô-nimo de qualidade de vida. Pessoas sensíveis podem ter agravados problemas de saúde, se convivem em ambientes úmidos e com a presença de mofo.
Noites mal dormidas, dificuldades para respirar, tosses, alergias e muitas outras doenças podem ter como causa, ou serem agravadas, pelo contato do paciente com fungos produzidos por bolor, um dos mais comuns alérgenos causadores de doenças, especialmente no aparelho respiratório.
Muita gente convive com problemas de saúde, especialmente Asma, Rinite ou alergias, provocadas pelos fungos que o mofo produz. A alergia ao mofo pode se manifestar como um quadro de Rinite ou Conjuntivite Alérgica, uma crise de Asma, Sinusite ou na forma de uma micose nos brônquios. Muitos indivíduos são expostos a estes alérgenos desde o nascimento, problema que pode estar na causa de 40% dos casos de Rinite Alérgica em crianças. A Asma é a quarta causa de hospitalização, representando gastos de mais de 76 milhões de dólares/ano, pelo SUS. Até 36,5% dos pacientes alérgicos podem ser sensíveis ao mofo.
Doenças
A Rinite Alérgica tem como principais sintomas, a coriza, a sensação de coceira no nariz e nos olhos, dores de cabeça, desânimo, espirros, tosse e congestão nasal. O quadro é agravado nas estações mais úmidas e quentes do ano, mas alguns fungos permanecem com alta prevalência durante todo o ano. As crianças que sofrem alergia ao mofo, em geral desenvolvem problemas de adenóides ou infecções respiratórias recorrentes, como sinusites e otites.
A Asma causada pela alergia ao mofo tem os mesmos sintomas da Asma comum, e mais tosse, chiadeira no peito e falta de ar.
A Micose Bronco Pulmonar (MBA), se parece como uma Pneumonia comum, com tosse com expectoração, falta de ar, chiadeira, febre baixa (menor que 38.5ºC), dores no corpo e falta de ânimo.
A Sinusite causada por fungo é mais comum em áreas de clima quente e úmido. Os sintomas incluem dor na face ou na cabeça, sensação de congestão nasal, redução da capacidade olfatória, coriza purulenta, tosse, queimação na garganta, mau hálito e falta de ânimo.
Suspeita
A Alergia a mofo possui sintomas pouco específicos e que podem ser relacionados a uma ampla variedade de doenças. Quando houver suspeita, o médico poderá solicitar alguns exames para avaliar a possibilidade de algum outro distúrbio, e não de Alergia ao mofo. As principais doenças que podem produzir manifestações semelhantes à alergia a mofo incluem: Síndromes aspirativas, Asma, Bronquiolite, aguda ou crônica, Fibrose Cística, Refluxo gastroesofágico, Pólipos nasais, Infecções virais, Tabagismo passivo, Pneumonia bacteriana, Enfisema Pulmonar, Sarcoidose, Tuberculose e Câncer pulmonar.
A principal ferramenta para detectar a alergia ao mofo é o exame clínico realizado pelo seu médico. Para complementar este exame, o médico poderá solicitar um Teste Cutâneo com
Alérgenos Fúngicos, que consiste em pequenas punções na pele para administração de reagentes fúngicos. Outros exames, tais como exames de sangue, radiografias, tomografias, rinoscopia ou broncoscopia, poderão ser solicitados de acordo com a necessidade.
Tratamento
Segundo especialistas, o sucesso do tratamento depen-derá da compreensão da natureza (quase sempre crônica) da doença e mudança em certos hábitos. Dependendo da intensidade dos sintomas, podem ser empregados anti-histamínicos e descongestionantes. Em pessoas com asma alérgica, bombinhas de bronco dilatadores, sprays de corticosteróides e outros medicamentos teofilina podem ser indicados.
Prevenção
Além das recomendações do médico, existem algumas medidas que os pacientes podem tomar por conta própria para reduzir o risco ou os sintomas da alergia a mofo:
Mantenha a casa seca, arejada e livre de cigarros; conserte vazamentos hidráulicos, evitando a proliferação de fungos. Evite ter áreas de vegetação densa em torno da casa.
O Aspergillus prolifera na matéria em decomposição (grama cortada, cercas de madeira, terra de plantas domésticas, folhas caídas, fezes de passarinhos, outros). Mantenha os ambientes livres desse tipo de material.
Oriente a criança a não brincar com folhas secas, sofás de tecido e tapetes. Faça a manutenção preventiva de aparelhos de ar-condicionado (inclusive do automóvel), umidificadores e vaporizadores segundo as orientações do fabricante.
Remova o mofo das superfícies visíveis (ex.: banheiro) utilizando agentes fungicidas.
Nessa época de chuvas a preocupação não deve somente rondar os aparelhos elétricos e/ou eletrônicos por causa dos raios, mas a umidade e o mofo que podem fazer estragos à sua casa e saúde.
Isso ocorre nas roupas, livros, armários e em partes da casa, geralmente em ambientes quentes e úmidos, a maneira mais natural e saudável é abrir as janelas. Caso isso não seja suficiente faça uso de lâmpadas incandescentes para diminuir a umidade e de ventiladores, para circular o ar.
As roupas pesadas, como casacos, devem ser expostas ao sol a cada seis meses. Elas só devem ser guardadas no armário quando estiverem totalmente secas, e nunca dentro de sacos plásticos. Roupas guardadas por muito tempo devem ser lavadas, mesmo que não tenham sido usadas. Marcas deixadas pelo mofo nas roupas, só podem, ser eliminadas das seguintes formas: No caso de mofo em roupa branca, deixe a peça de molho em alvejante. Para retirar mofo de tecido colorido, umedeça a peça com suco de limão. Para retirar mofo de seda ou sintéticos, lave a roupa com leite em enxague com água. Se o tecido não for delicado, esfregue na roupa uma mistura de sal, vinagre branco e suco de limão e coloque a no sol. Tecidos delicados devem ser lavados com leite e, depois com água e sabão neutro.
Essas dicas servem também para edredons, lençóis, toalhas de banho, e outras roupas da casa que podem aparecer com essas indesejáveis marcas. Afinal não dá pra aguentar o cheiro, tampouco a mancha do mofo em contato com nossa pele. Para prevenir a presença de mofo, que às vezes causam até ardência no nariz, algumas medidas podem ser tomadas:
Escolha uma estante aberta, para armazenar os livros. Isso facilita a ventilação evitando o aparecimento desse fungo. Espalhe pedaços de algodão com Terebentina (muito cuidado ao usar esse produto) perto dos livros e troque-os a cada dois meses, ou coloque cal virgem dentro de vidros abertos de boca larga até metade do recipiente e troque a cada seis meses.
Se o estrago já foi feito, use uma escovinha macia e passe um pouco de vinagre branco delicadamente, com cuidado para não manchar as páginas, e espere secar antes de fechar o livro e guardar.
O que fazer para evitar o mofo em casa ou apartamento e nos móveis
O clima, na nossa região, e a constante mudança de temperatura, e umidade relativa do ar, favorecem a proliferação de mofo. Casas e apartamentos, às vezes novos, apresentam esse incômodo, mesmo que edificados em locais altos e secos. Esse problema pode ser amenizado com uso de produtos anti-mofo, mas nem sempre é fácil, para a dona de casa, se livrar do mofo depois de instalado. Nas paredes, o mofo deve ser removido lavando-a com uma mistura de água sanitária e água, meio a meio. Se possível a pintura deve ser refeita com produto anti-mofo.
As residências onde há incidência de mofo devem ter, nos dias ensolarados, as portas e janelas abertas, por pelo menos 15 minutos ao dia, para facilitar a ventilação e secar paredes e móveis.
Mas se o mofo já se instalou nos armários, o que fazer? Um pedaço de giz pode resolver. Ele ajudará a eliminar a umidade (proteja o armário, ao usar o giz, porque ele se dissolve).
Cuide para que cada parte do guarda-roupa tenha uma área para circulação de ar. Se não houver, instale respiradeiras, pre-ferencialmente no fundo desses móveis, facilitando a circulação do ar.
Os armários devem ser limpos periodicamente com produtos anti-mofo. Em dias ensolarados deixe as portas dos guarda-roupas abertas por pelo menos quinze minutos. Coloque um litro de vinagre fervido dentro de um recipiente e deixe no guarda-roupas por três horas, isso ajudará a limpar o local.
Passe nos locais do armário que estiverem manchados, uma mistura de água sanitária e água, na mesma proporção.
Verifique se não há infiltrações na parede onde o móvel está encostado. Sempre que possível, deixe as gavetas e portas abertas para circular o ar.
Coloque um pedaço de giz ou carvão nas gavetas (sobre um pedaço de papel-toalha ou em saquinho de TNT ou, ainda, dentro de um vidro aberto). O cheiro de mofo sumirá após uma semana.
Existem, também, no mercado produtos que se propõem a eliminar a umidade de armários. É só remover o lacre e deixar dentro do armário, depois de alguns meses ou assim que estiver cheio de água, troque por um novo.