Já não dá para "esconder" ou negar que os ânimos para as eleições municipais estão à flor da pele, independente de serem pré-candidatos ou eleitores. O primeiro sinal já se mostra há algum tempo, com a presença de pessoas preocupadas com as futuras eleições em Campo Largo. Seja na mínima nota que colocamos em nossas redes sociais, sobre qualquer coisa que aconteça na cidade, até a matéria mais elaborada, são vários os comentários feitos nas publicações – às vezes centenas deles. Mas não são quaisquer comentários, é aquele famoso 8 ou 80, alguns questionando posturas, cobrando prazos e até mesmo apresentando “soluções”, outros elogiando iniciativas, comemorando anúncios ou inaugurações.

Outra coisa que percebemos são os tons de conteúdos, principalmente publicados em portais de notícias de Curitiba. Em grande parte, sobram críticas, com um componente essencial dentro do Jornalismo, que é ouvir o outro lado, posicionando, de certa forma a matéria diante do leitor. Isso acaba sendo perigoso, principalmente quando está diante de alguém que se deixa influenciar.

Porém, antes dessa “guerra” começar, algumas informações e considerações importantes devem ser feitas. Se contarmos a partir desta sexta-feira (06), falta exatamente um ano para o grande dia do pleito, que elegerá em Campo Largo prefeito, vice-prefeito e 15 vereadores. É certo que um ano parece passar muito rápido, mas é extremamente válido que a preparação para as eleições seja feita de forma adequada, garantindo que o processo seja transparente, seguro e democrático.

Entre alguns pontos que deveriam ser trabalhados com a sociedade campo-larguense antes de serem cogitados e lançados nomes às campanhas, estão o fortalecimento da democracia, visto que levar as pessoas ao entendimento do que é e como acontece o processo eleitoral é essencial para garantir que as eleições sejam realmente justas e livres; a educação política, levando a informação sobre os candidatos, planos de governo, incluindo também as instituições de ensino – especialmente a partir dos 16 anos, e o combate à corrupção, que garante a lisura do processo eleitoral.

Diante disso, nós eleitores e membros da sociedade campo-larguense, exercemos um papel crucial, que vai da fiscalização do processo eleitoral como um todo, promoção e, de certa forma, cobrança para que esses meios de educação política e combate à corrupção aconteçam, seja por meio de grupos de associações de moradores, debates, palestras ou mesmo denúncias, é imprescindível a participação de todos de maneira ativa.

O eleitor precisa perceber que o grande protagonista do processo eleitoral não são candidatos A ou B, mas sim, o cidadão que vota, que tem a oportunidade de escolher os representantes que governarão a cidade por quatro anos. Por isso, aceitar qualquer tipo de vantagem em um período eleitoral ou cair nas manobras políticas e se render às "paixões" que este momento fomenta, bastante comum às eleições municipais e resultado também de um país tão dividido politicamente falando, é pedir para que arrependimentos surjam no futuro. A responsabilidade sobre os ombros de alguém eleito para ocupar a cadeira de prefeito ou de vereadores é imensa, mas essa responsabilidade começa nos ombros do eleitor, pois depois de escolhido, não há volta.