16-10-2009

O ronco não é considerado uma doença, mas quando passa a se perceber engasgos durante o sono, a pessoa pode estar com Apnéia Obstrutiva do Sono, o que faz com que a pessoa não consiga descansar.     Nestes casos há períodos em que a pessoa fica sem respirar e como consequência sofre com falta de disposição, cansaço, dores de cabeça, sonolência excessiva durante o dia, falta de atenção, irritabilidade e memória fraca, por exemplo.
     E não são apenas adultos que sofrem com isso. Segundo o Otorrinolaringologista Rafael Ferri Martins, muitas crianças também têm Apnéia, o que pode causar falta de concentração durante as aulas e baixa no aprendizado, produção anormal de urina o que pode levar com que urine na cama, diminuição na produção de hormônios do crescimento, falta de disposição para a prática de atividade física, entre outros.
     Rafael explica que dormir bem é qualidade de vida, mas o tempo de sono varia de uma pessoa para outra. A média é de oito horas, mas pode variar. Uma pessoa pode dormir cinco horas por noite e isso ser o necessário para ela, já outras podem precisar de nove horas. O importante é ter qualidade de sono, dormir e acordar descansado, disposto. Durante este período em que está dormindo há cinco estágios e somente no estágio mais profundo é que a pessoa tem o relaxamento e consegue descansar. O tempo ideal de sono profundo corresponde à metade do tempo de sono, é quando acontece a maioria dos sonhos.
     Quem sente essa dificuldade em descansar, precisa procurar um tratamento médico, pois este problema afeta em toda a sua vida. O médico enfatiza que o tratamento é personalizado, mas que é importante ter higiene do sono, praticar atividade física e às vezes só com a perda de peso a pessoa já para de roncar. Ainda há aparelhos que auxiliam na respiração, pode precisar de uma intervenção cirúrgica em amígdalas muito grandes, por exemplo. Depende de cada pessoa. Para avaliar geralmente é feita uma Polissonografia, que é um exame em que a pessoa dorme no hospital, com eletrodos afixados em seu corpo, pelos quais é possível monitorar o cérebro, a respiração, oxigenação, batimentos cardíacos, ronco e movimentos do corpo.
     Há outras doenças de sono e inúmeras doenças que podem afetar a qualidade do sono, como ansiedade, depressão e Diabetes. Por isso alguns casos precisam ser analisados e podem também precisar de tratamento de um Endocrinologista, Neurologista, Psiquiatra ou até do dentista. Rafael Martins atende na Clínica São Camilo, telefone 3032-5020.