A acusada do sequestro da menina Eloah, em janeiro deste ano, será julgada na próxima semana, dia 24 de abril, pelos crimes de subtração de incapaz com a qualificadora de emboscada e falsidade ideológica. Presa desde o dia 24 de janeiro, a mulher responderá na Justiça por ter raptado a bebê Eloah Pietra, no bairro Parolin, em Curitiba. Dez testemunhas serão ouvidas durante o julgamento.

Relembre o caso Eloah

No dia 23 de janeiro, a acusada se passou por agente de saúde e afirmou à mãe da criança que havia recebido uma denúncia contra ela. A ré alegou que precisava levar as duas para a realização de exames. Em seguida, ofereceu um líquido para a mãe beber e pediu que ambas entrassem no carro. Quando a mãe desceu para ajustar a cadeirinha, ela acelerou o veículo e fugiu com a bebê.

Eloah foi resgatada no dia seguinte na casa da acusada, em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. A criança teve o cabelo cortado, pintado e alisado. A acusada foi presa em flagrante. O reencontro da bebê com a família ocorreu na delegacia do Grupo Tigre, em Curitiba.

Em depoimento, a mulher afirmou que queria uma criança para criar como filha e que estava em tratamento psicológico. A mulher apresentou uma carta falsa à polícia, indicando que a mãe teria entregue a bebê espontaneamente por não ter condições de criá-la. Um laudo da polícia científica do Paraná concluiu que o bilhete não foi escrito pelos pais.

Mãe de Eloah afirma medo

Dois meses após o caso, a rotina da família de Eloah mudou. A mãe, Erica Alves dos Santos, relatou que tem medo de sair com a criança.

“Eu nem saio muito com ela, deixo ela mais com minha mãe ou minha irmã, mas evito sair. Às vezes eu vou lá na escola, vou buscar minha outra filha e os carros às vezes ficam seguindo, ou é impressão minha, mas parece que estão tudo seguindo eu. Eu vou rapidinho e já volto, não saio tanto”, disse a mãe em entrevista à RICtv.

Caso Eloah: julgamento tem data definida

O julgamento está marcado para o dia 24 de abril, na quinta-feira. O advogado da família, Leonardo Mestre, disse que a expectativa é de que a Justiça mantenha a condenação. Segundo ele, a pena prevista para os crimes cometidos pode chegar a oito anos de prisão, mas ressaltou que a legislação brasileira ainda impõe penalidades brandas para esse tipo de crime.

A mãe de Eloah afirmou que espera que a acusada continue presa.

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