Quarta-feira às 05 de Fevereiro de 2025 às 04:58:09
Policial

Ministério Público denuncia mulher que raptou criança em Curitiba e recomenda manutenção da prisão

Ministério Público denuncia mulher que raptou criança em Curitiba e recomenda manutenção da prisão

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou a mulher suspeita de raptar a menina Eloah Pietra Almeida dos Santos pelos crimes de subtração de incapaz — com qualificadora de emboscada — e falsidade ideológica. Leandra Ferreira de Souza, de 40 anos, está presa desde desde o último dia 24, quando a criança, de um ano e sete meses, foi localizada em Campo Largo. Ela havia sido raptada um dia antes no bairro Parolin, na capital do Estado.

O MP atribui à suspeita de raptar Eloah o crime de falsidade ideológica, pois Leandra teria informado à mãe da criança que era agente de saúde. Além disso, ela apresentou uma carta falsa à polícia, onde declarava, atrás de uma certidão de nascimento da criança, que a mãe estaria entregando a filha de forma espontânea para que fosse cuidada por Leandra.

No verso do documento, a carta atribuída à Érica Alves dos Santos, mãe da menina, diz que a entrega se deu devido à falta de condições para sustentá-la. “Eu Erica Alves dos Santos deixo minha filha Eloah com a Leandra Ferreira para criar ela por eu não poder criar. E estou passando fome [sic]”, diz trecho da carta.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê pena de dois meses a dois anos de detenção para o crime de subtração de incapaz, mas, com as qualificadoras, a punição pode ser maior. O crime de falsidade ideológica prevê pena de um a cinco anos de reclusão, além de multa.

O Ministério Público recomendou que a prisão preventiva da suspeita seja mantida. De acordo com a RICtv, a defesa da mulher entrou com dois pedidos de liberdade provisória na Justiça. No entanto, não há decisão favorável para ela até o momento.

Na petição, o advogado argumentou que Leandra deveria receber liberdade provisória, alegando que ela nunca foi condenada por nenhum crime, tem residência fixa, onde mora com a mãe, e é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Leandra Ferreira de Souza relatou no último dia 27, durante audiência de custódia, que foi espancada, abusada e jurada de morte na prisão. “Eu fui espancada várias vezes pelas detentas. Elas arrancaram ponto do meu seio de tanto puxar, elas me fizeram desmaiar quatro vezes, elas me deram chutes na cabeça, no pescoço e no peito, colocaram as toalhas na minha cara, me juraram de morte depois dessa audiência. […] Elas juraram que até as três horas da manhã vão me matar. Pegaram o cabo de vassoura e enfiaram em alguns orifícios. Falaram que vão enfiar em outros também”, revelou a suspeita.

A Corregedoria Geral do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) abriu uma investigação para apurar as denúncias, como mostrou a Banda B.