Nos últimos dias, duas operações que envolveram cidades do Paraná, inclusive Campo Largo, destacaram o trabalho do transporte aéreo na preservação de vida. Essas duas situações logo viraram
Na quarta-feira (11), a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) coordenou uma operação de transporte de múltiplos órgãos, bastante complexa por sinal, envolvendo o Samu Aéreo de Maringá e a equipe aeromédica de Ponta Grossa. A captação foi realizada na Santa Casa de Maringá, com os órgãos sendo inicialmente levados ao aeroporto de Telêmaco Borba. De lá, a equipe aeromédica de Ponta Grossa completou o transporte até o Hospital do Rocio. Mais valiosos do que ouro para quem está na fila de transplante, órgãos como rins, fígado e válvulas cardíacas foram entregues a tempo, aumentando as chances de sucesso nos transplantes e de sobrevivência dos pacientes que receberam estes órgãos.
No dia seguinte (12), uma situação de emergência em Almirante Tamandaré trouxe a importância do transporte aéreo em casos críticos. Uma jovem de 21 anos, em estado de choque devido a complicações pós-parto, e seu recém-nascido, que nasceu cianótico (com baixa oxigenação), foram resgatados pelo helicóptero Falcão 04, do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e transportados para o Hospital do Rocio, onde receberam tratamento especializado.
Importante salientar que esses dois casos não são isolados. No Paraná, o uso de aeronaves para o salvamento de vidas tem se mostrado um recurso cada vez mais importante. Segundo a Sesa, o Estado conta helicópteros e aviões especializados em sua estrutura aeromédica, além de uma equipe preparada para realizar estes atendimentos, que levam os pacientes para os hospitais de referência. O serviço é reconhecido nacionalmente e conta com seis helicópteros e um avião em cinco bases localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa que direcionam suas atuações para as demais cidades. Desde sua criação, em 2007, já foram realizados mais de 30,7 mil atendimentos - dados de janeiro de 2024. Em 2023, o serviço alcançou o recorde, com mais de quatro mil atendimentos anuais.
Este modelo operacional tem como objetivo principal reduzir drasticamente o tempo de resposta em emergências, sejam elas ligadas a transplantes, acidentes ou complicações clínicas graves. O Hospital do Rocio é um dos principais pontos de recepção desses pacientes. Este serviço, realizado de maneira imediata e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mostra que essas operações reafirmam a importância de continuar investindo em serviços que transformam urgência em esperança de vida a milhares de paranaenses todos os dias.