A Comisão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o aumento dos vencimentos dos ministros do STF - Supremo Tribunal Federal. A partir de 1º setembro, os salários dos ministros do STF passam de R$ 24,5 mil para R$ 25.725. E para R$ 26.723,13 a partir de fevereiro de 2010. Também foi aprovado o mesmo reajuste para o procurador-geral da República.
Aprovado na CCJ, o projeto vai agora para sanção presidencial. Só vai para o plenário do Senado se houver apresentação de recurso por parte de algum senador no prazo de cinco dias úteis.
Os salários dos ministros do STF e do procurador-geral da República - que correspondem ao teto do serviço público - servem de referência para os demais integrantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, respectivamente. Portanto nós vamos ver, nos próximos dias e meses, deputados federais, senadores, deputados estaduais, vereadores, defendendo o aumento dos seus porópriso salários. E com os parlamentares, também deverão ganhar “um pouquinho mais”, o presidente da República, ministros, governadores, prefeitos, e funcionários públicos de todos os escalões.
O aumento dos funcionários públicos, dos três poderes, como é de praxe, acontece em cascata, começa lá em cima e vai até os que cuidam da limpeza dos prédios. Estes, entretanto, por já ganharem muito pouco, recebem menos ainda.  Para se ter uma idéia, o reajuste dos ministros do STF foi de apenas 4% (eles queriam 8), pouco mais de R$ 1.000,00 no contra-cheque de cada um. Esse R$ 1.000,00, em geral, representa muito mais do que ganham os funcionários públicos de menor salário.
Mas se analisarmos os números evalores, poderemos chegar à conclusão que os maiores salários dos servidores públicos no Brasil, não são abusivos. Eles ganham muito, se comparado com os salários mais humildes, mas pode ser que ganhem menos do que merecem. O que está errado não é o salário deles, que poderiam ganhar até o dobro. O que está errado são os salários dos servidores mais humildes, alguns dos quais não conseguem manter a família, tão pouco é o salário que ganham. Muitas vezes sobra mês, no fim do salário. Quer ver? Fale coma professora do seu filho, pergunte quanto ela ganha, e se o salário é suficiente.