Sabado às 07 de Dezembro de 2024 às 04:22:11
Opinião

Construindo pontes para a gestão colaborativa

Ao longo dos anos, diferentes meios foram adotados pelas governanças para promover essa aproximação

Construindo pontes para a gestão colaborativa

Um dos pontos que devem ser levados em consideração para a escolha de novos representantes no dia 06 de outubro é, além do comprometimento com pautas importantes e plausíveis em serem realizadas, a aproximação com as pessoas e o envolvimento da população na gestão. A relação entre o poder público e a comunidade não pode ser construída com muros, caracterizando um distanciamento, gerando desconfiança e apatia por parte da população. Pelo contrário, deve ser feita por meio de pontes, permitindo ser ouvido e falar, mostrando a realidade onde está inserido. Essa lacuna pode ser perigosa, visto que impede a construção de políticas públicas eficazes e compromete o desenvolvimento social.

Ao longo dos anos, diferentes meios foram adotados pelas governanças para promover essa aproximação. Seja por meio de promoções de programas de atuação direta nas comunidades, audiências públicas, conselhos deliberativos, incentivo às associações de moradores, participação de festas populares, implementação de ouvidorias nos mais diversos formatos, ela deve ser mantida e intensificada, especialmente porque hoje contamos com meios de comunicação mais rápidos e diretos, estabelecendo uma gestão verdadeiramente colaborativa. Além da melhoria na qualidade das políticas públicas, permitindo que as comunidades apresentem demandas reais e criando projetos mais eficientes, melhoram a transparência na gestão pública, fortalecem a democracia e promovem a chamada coesão social, onde os cidadãos se sentem parte das decisões que irão impactar a sua região.  Se de um lado o poder público precisa promover esses métodos de aproximação, a comunidade também deve estar disposta a participar destes eventos e mostrar a sua voz diante de situações que precisam ser revistas ou mudadas. Apresentar a necessidade de um olhar mais atento por parte do poder público, não para resolver somente situações emergenciais, mas para trabalhar na prevenção e na administração da questão antes dela se tornar um grande problema.

É muito comum com a aproximação de campanhas políticas as pessoas tecerem os comentários “ah, agora vem no meu bairro, pergunta do que eu preciso”, em uma forma de criticar a aproximação dos políticos que buscam votos. De fato, quem não é visto, não é lembrado, mas isso vale para os dois lados. Da mesma forma que uma pessoa com carreira política beneficia a sua imagem na aproximação das pessoas ao longo de quatro anos, ouvindo e promovendo soluções para a necessidade, a comunidade quando se mostra ativa também colhe louros da sua atividade democrática participativa de maneira constante.  Muitas vezes, principalmente por serem necessidades de atenção primária, nosso envolvimento acaba ficando muito mais próximo de vereadores, prefeitos, secretários da esfera municipal, porém o Estado e a União também devem entrar nessa linha, promovendo ações para uma sociedade mais participativa, por isso, não deixe as oportunidades passarem e ocupe os lugares públicos com o seu cargo de cidadão, o mais importante de todos.