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Opinião

A persistente ameaça da dengue no Brasil

O início de 2024 vem sendo marcado por uma batalha antiga, mas que infelizmente tem vitimado centenas de brasileiros ao longo dos anos: a dengue.

A persistente ameaça da dengue no Brasil

O início de 2024 vem sendo marcado por uma batalha antiga, mas que infelizmente tem vitimado centenas de brasileiros ao longo dos anos: a dengue. Transmitida pelo pequeno mosquito Aedes aegypti, são mais de 512 mil casos confirmados da doença no país - até o fechamento desta edição -, além de outras milhares de pessoas aguardando o diagnóstico, visto que o exame comprobatório leva alguns dias para sair. No Paraná, o Informe Semanal da Dengue, que foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apontoua 8.441 novos casos e mais sete óbitos pela doença no Paraná. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 37.516 casos confirmados. Campo Largo, conforme a última atualização do ano epidemiológico - de agosto a fevereiro - mostrou um caso autóctone e nove casos importados.

Soa até como um clichê, já que grande parte dos adultos que compõem a sociedade hoje chegaram a estudar sobre os meios de prevenção na escola ou já tiveram contato via agentes de saúde, veículos de comunicação e propagandas diversas, porém é algo que precisa ser cada vez mais evidenciado. De início, a sociedade pode contribuir com a eliminação da água parada, a fim de eliminar os criadouros do mosquito. Isso significa eliminar qualquer recipiente que possa acumular água, como vasos de plantas, pneus, garrafas e calhas.

Uma situação que chama a atenção quando olhamos para este cuidado e prevenção de criadouros do mosquito é sobre a atitude de algumas pessoas em jogar lixo a céu aberto, de maneira completamente inconsequente. Nesta semana recebemos duas denúncias de situações distintas nos bairros Rivabem e Ferrari, onde ficam claros esses exemplos de irresponsabilidade. Basta uma tampinha de garrafa pet de água para que uma boa quantidade de ovos sejam depositados pelas fêmeas, que buscam sempre locais mais "quentinhos", escuros e seguros. Estima-se que uma fêmea bote de 800 a mil ovos durante toda a sua vida, por isso, cada detalhe do quintal e de toda a região onde vive são fundamentais.

Para uma medida mais direta, recomenda-se o uso de repelentes com DEET ou icaridina, que é eficaz para evitar picadas de mosquito. Para as residências, a recomendação é a instalação de telas de proteção nas janelas e portas, para impedir a entrada do mosquito em casa.

Além da prevenção, é importante que a população busque saber os sintomas da doença, que podem acontecer em até 15 dias após a contaminação. Vale ressaltar que a transmissão da doença acontece via picada de uma fêmea. Entre eles estão a febre alta, dores de cabeça, muscular, articular e atrás dos olhos, náuseas e vômitos, cansaço intenso e manchas vermelhas na pele. Procure ajuda médica caso apresente sintomas compatíveis com a doença e principalmente em casos de dor abdominal intensa, vômito persistente, às vezes com sangue, sangramento nas gengivas ou nariz, dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, queda da pressão arterial. Lembre-se que a dengue pode ser grave e até mesmo fatal se não for tratada a tempo, por isso, previna e busque tratamento imediatamente em caso de suspeita.