Uma situação triste e que deixou a Thais Massalski com um sentimento de insegurança. Na última quinta-feira (11), perto das 20h40, ela relatou em suas redes sociais ter sido filmada dentro de sua própria casa por um vizinho enquanto colocava a roupa, após tomar banho.
“Tive aquela sensação de estar sendo observada. Se isso já aconteceu mais vezes, eu nunca percebi. Eu havia dado banho no meu filho e tomado banho também. Fomos ao meu quarto para nos vestirmos, como sempre fazemos, porém percebi um celular por cima do muro alto do meu garden – área privativa de apartamentos do térreo. Do outro lado não tem nenhum apartamento, só mato e uma ruazinha que dá para passar. No momento, eu paralisei, cheguei a pensar que era o telefone do meu marido, mas ele não tinha aquela capinha branca, no entanto foi retirado rapidamente pela pessoa. Eu liguei para o meu marido, porque ele tinha saído para ir ao mercado e me falou que já estava voltando. Quando chegou, não conseguiu pegar essa pessoa no flagra, mas imediatamente fomos até a portaria”, relatou Thais em entrevista para a Folha de Campo Largo.
Ela conta que foi conversado com a equipe da portaria e nenhuma providência foi tomada de imediato. “Me senti desorientada”, ressalta. Na mesma noite, conversou com o síndico e pediu as imagens das câmeras, as quais só teve acesso por meio da equipe responsável no sábado (13). “Cheguei a chamar a polícia, mas eles não vieram no dia. Vieram no sábado, quando meus vizinhos denunciaram uma briga generalizada no condomínio. Foi então que ele saiu escoltado, mas não foi preso”, explica.
Ela registrou o boletim de ocorrência pela internet na sexta-feira e nesta segunda-feira (15) veio até a Delegacia de Campo Largo para prestar queixa. Uma audiência foi marcada para a próxima sexta-feira (19) e as imagens das câmeras já foram coletadas.
Sensação de insegurança
Thais conta que o condomínio bloqueou a entrada do homem, mas ela se sente aflita e não consegue mais entrar no próprio quarto. “Têm sido dias bem difíceis. Me sinto apavorada em entrar no quarto ou no banheiro. Não me sinto segura mais aqui. O imóvel é alugado e estamos até cogitando nos mudarmos, apesar de gostarmos muito de morar neste condomínio, pois temos dois filhos pequenos e aqui tem espaço para eles brincarem, caminharem. Tudo irá depender de como será a audiência na sexta”, completa.
Após a denúncia feita por ela nas redes sociais, comenta que mais mulheres vieram contar que já tinham visto alguns “olhares estranhos” por parte do suspeito na academia e na piscina na direção delas. Quando foi informar na portaria o ocorrido, ficou sabendo que uma situação parecida como essa, mas envolvendo uma adolescente, já havia ocorrido anteriormente com o mesmo morador. “Provavelmente vou pegar um advogado para me orientar sobre toda essa situação”, completa.
Denuncie
“Todo mundo que passar por uma situação como essa deve realizar uma denúncia. É um crime e não deve ficar impune. Não se calem, porque se uma situação dessa acontece em um condomínio, em um bairro, essa pessoa se muda e vai repetir a mesma atitude em outro lugar. É uma situação que eu acredito que deve ser exposta para que não se repita”, finaliza.