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Opinião

Para quem será batido o martelo?

Um leilão que interessa a todos os paranaenses será realizado nesta sexta-feira (25), a alguns quilômetros daqui.

Para quem será batido o martelo?

Um leilão que interessa a todos os paranaenses será realizado nesta sexta-feira (25), a alguns quilômetros daqui. Acontece em São Paulo, mais precisamente na B3, Bolsa de Valores, o leilão do Lote 01, que colocará sob responsabilidade por 30 anos a administração de 473 quilômetros de rodovias estaduais e federais. Conforme informações já divulgadas, duas empresas apresentaram suas propostas em envelopes lacrados, mas só serão conhecidas nesta sexta-feira. A entrega das propostas e documentações necessárias aconteceu ainda na última segunda-feira (21), diretamente à Bolsa e à Comissão de Outorga.

Vencerá o leilão a empresa que apresentar a menor tarifa de pedágio o maior desconto sobre a tarifa proposta no edital. Somente este lote tem a estimativa que prevê investimento na casa de R$ 7,9 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão, que é integrado pelas rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427 e incluem trechos em Campo Largo e na Balsa Nova e incluem as praças de São Luiz do Purunã (BR-277), Lapa (BR-476), Porto Amazonas (BR-277), Imbituva (BR-373) e Irati (BR-277). Em São Luiz do Purunã o valor base para o pedágio é de R$ 9,19, que pode ficar menor, visto que o leilão leva em consideração o menor preço apresentado.

Campo Largo possui hoje um dos trechos mais complexos no Paraná, corredor que liga o interior do Estado à capital e ao litoral paranaense, principalmente o porto de Paranaguá e ficou mais do que evidente, após a finalização do contrato com a CCR RodoNorte que se torna difícil manter  uma estrada com grande movimentação de veículos dos mais variados portes sem uma administração. Relatos e imagens comprovam o constante aparecimento de buracos, trânsito complicado por conta de obras e retiradas de veículos acidentados, animais mortos sendo vistos com mais frequência, entre outros fatos.

Dúvidas foram lançadas sobre o interesse de empresas privadas quererem ficar responsáveis pelas rodovias quando o edital promove um grande número de obras, mas também prevê um menor valor para a cobrança de pedágio. Isso foi respondido trazendo a informação de que a ANTT tomou todas as medidas necessárias para que o leilão não fosse deserto - não tivessem interessados em dar lances pela administração das rodovias - o que até o momento parece ter dado certo.

Com uma concentração de obras entre o terceiro e o quinto ano, tudo indica que os paranaenses não precisarão esperar por muito tempo para verem as melhorias sendo realizadas. Entre elas está a modificação na PR-423, que liga Campo Largo até Araucária, e colocará fim ao Trevo da Morte, reivindicação antiga dos moradores da região.

É importante ressaltar que este é o primeiro leilão de seis que ainda acontecerão e abrangem outras regiões do Paraná. O segundo lote a ser leiloado será o que abrange a região litorânea do Estado, que sofreu com muitas situações complexas envolvendo obras de melhoria entre o final de 2022 e início de 2023. Esperamos que estes leilões tragam maior segurança nas estradas paranaenses, para que possamos trafegar com mais tranquilidade, independende de onde estejamos.