Sexta-feira às 22 de Novembro de 2024 às 08:39:34
Policial

Cansado de esperar, jovem decide ir a pé para casa e é atropelado em frente ao Barracão

Jovem de 19 anos desceu no Jardim Guarani e acabou sendo atropelado já na Rondinha; mãe está consternada

Cansado de esperar, jovem decide ir a pé para casa e é atropelado em frente ao Barracão

Um atropelamento causou ainda mais consternação na população campo-larguense, que acompanhou as 17 horas de congestionamento entre Curitiba, Campo Largo e Balsa Nova. O jovem Isacc, de 19 anos, voltava da faculdade e, cansado de esperar, decidiu voltar embora a pé, vindo do Jardim Guarani, acabou sendo atropelado por um veículo no acostamento, em frente ao Barracão.

A Folha conversou com a mãe, Hozana, que relatou o ocorrido. “O Isacc nunca atrasa, ele é muito pontual, então quando era 00h30 eu já suspeitei que havia algo errado. Vi no Facebook da Folha sobre o congestionamento e presumi que ele estava preso nesta situação. Não consegui falar com ele, porque ele está sem celular, visto que foi assaltado há algum tempo. Cheguei no Terminal de Campo Largo era 01h15, onde permaneci até às 05h.”

Ela comenta que ao longo da madrugada muitas pessoas chegavam a pé, molhadas da chuva e com muito frio. “Muita gente vinha até o meu carro perguntar se eu era Uber ou se podia levar elas até suas casas. Não tinha ônibus, táxi, uber, nada. As pessoas estavam largadas à própria sorte”, diz.

Ela ficou acompanhando na Folha as atualizações e decidiu voltar para casa, pois estava muito cansada. Pontualmente às 07h da manhã, seu celular tocou e era o bombeiro. “Ele me falou que meu filho havia sido atropelado, sofrido um corte no rosto e que seria levado para o Hospital do Rocio – pois eu tenho plano de saúde – para fazer exames complementares”, retrata.

“Eu cheguei a conversar com ele, ele não lembra de nada, só que acordou no chão. É uma situação muito triste, graças a Deus que ele está bem, ficou ferido, mas nada grave. Já realizou os exames e agora vai para o quarto. Fiquei o tempo todo esperando uma autoridade se pronunciar e nada. Vi aquelas pessoas, cansadas, tossindo, molhadas, com fome. Que descaso, ninguém fez nada por aquelas pessoas, deixaram elas lá, nos ônibus, vindo a pé. Que tristeza ver isso acontecendo”, finaliza.