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Saúde

Campo Largo tem 14 casos de dengue e um caso de chikungunya

Dos 14 casos, três são autóctones – contraídos no próprio município. O caso de Chikungunya também veio de fora, mas levanta o alerta

Campo Largo tem 14 casos de  dengue e um caso de chikungunya

No início de maio Campo Largo registrou três casos autóctones de Dengue no município, o que acendeu um alerta da presença do mosquito e a necessidade de eliminar com prioridade possíveis locais de proliferação. A população não deve baixar a guarda, pois há um fator relevante com relação ao famoso mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir quatro doenças: Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Ele também se adapta aos ambientes.

De abril até esta quarta-feira (31), já finalizando o mês de maio, a Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental do município, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, registra 14 casos positivos para dengue (sendo três desses os autóctones), um caso positivo para chikungunya (importado, ou seja, vindo de fora), e possui cinco casos suspeitos.

Quem explica melhor é Viviane Janz Moretti, diretora da Vigilância em Saúde de Campo Largo. “O próprio vetor vem evoluindo, a gente percebe que ele vem fazendo criadouros em pequenos depósitos de água, como uma casquinha de ovo ou uma tampinha de refrigerante que fique jogada, por exemplo. A preferência que ele tinha por água limpa também vem se alterando, ou seja, o mosquito vem evoluindo e isso se configura um agravo, resultando em aumento no número de casos”.

“A população campo-larguense deve ficar mais atenta não só no seu terreno, mas também no de vizinhos e familiares. Manter as medidas para evitar água parada continua sendo fundamental, afinal os cuidados - bem como a falta deles - afetam a todos”, alerta Viviane Moretti. Outro ponto que pode trazer um descuido é a chegada do frio, porém não estranhe, usar repelente continua sendo indicado, dependendo do local de exposição, e a mudança no clima não quer dizer o fim do mosquito, pois os ovos permanecem viáveis nos criadouros por longos períodos em temperaturas amenas.

Monitoramento e investigações seguem
Os casos suspeitos ou confirmados das arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya), quando notificados, são visitados pelos ACEs, e os trabalhos ficam ainda mais intensos nos bairros que tiveram casos positivos. Uma investigação imediata é feita pelos Agentes de Combate a Endemias, pela definição de um raio, a partir de onde está o paciente. Isso é para verificar se há alguma larva do mosquito, ou se há risco de transmissão, neste espaço ao redor, baseado na distância que o mosquito costuma percorrer. Esse trabalho visa minimizar o risco de algum mosquito transmissor picar o paciente positivo e acabar transmitindo para os demais moradores da região, evitando que o ciclo de transmissão seja sustentado no município.

Também segundo a Vigilância Ambiental, diariamente a equipe de ACEs desloca-se para Levantamento de Índice, ou seja, eles visitam um percentual de imóveis do município para procurar focos e fazer as orientações cabíveis. Além disso, também é feito um monitoramento de pontos estratégicos. São selecionadas empresas (principalmente na beira de estradas) que, em suas atividades, podem ter ambiente favorável para o trânsito e manutenção de larvas do mosquito. Por exemplo, transportadoras que podem ter água parada em lonas ou em produtos estocados.

Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) também auxiliam na orientação à população e na observação de possíveis criadouros. Por isso é importante que as pessoas os recebam. De casa em casa, dia após dia, a visita costuma ser rápida, só para ajudar a verificar se há possíveis focos do mosquito. “Infelizmente são poucos os que nos atendem, e uma exceção que se preocupa mesmo. A maioria das pessoas não acredita ou subestima o perigo da proliferação do mosquito, e descuida. Mas seguimos com as visitas ativas e orientações, para tentar melhorar”, afirma Roseli de Oliveira, ACS do município.

A Prefeitura reforça a todos para que não descuidem, caso tenham locais que acumulem água, mesmo que sejam mínimos. Água parada em qualquer quantidade pode se tornar um criadouro.

O que fazer se estiver doente?
Fique atento aos sinais e sintomas da Dengue que são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Se sentir algum que possa ser compatível, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação. A coleta de exames dependerá do tempo dos sintomas.

Para mais esclarecimentos entre em contato com a Vigilância em Saúde no telefone (41) 3291-5116 ou pelo aplicativo de mensagens WhatsApp no número (41) 99515-0086.