Após três fugas entre os meses de abril e maio, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandado de busca e apreensão no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação foi realizada na manhã desta segunda-feira (29).
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), a medida teve como alvo quatro policiais militares presos, que poderiam estar planejando fuga da unidade prisional.
O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, cita que o grupo investiga possíveis facilitações para as fugas.
“A notícia que nos chegou é de que estava havendo preparativos para fuga e facilitação para isso, tendo em vista a realidade que recentemente tivemos outras fugas do complexo. Foram apreendidos especialmente documentos para a verificação e obtenção de prova para a eventual conivência, o que não foi verificado no momento”, explicou o coordenador do Gaeco."
Os documentos, segundo o MPPR, foram apreendidos nas celas dos presos.
Fugas
Dentre as três fugas, duas chamam a atenção em razão da periculosidade dos acusados.
Condenado a 22 anos de prisão pelo feminicídio de ex, Andriely Gonçalves da Silva, o ex-soldado da Polícia Militar (PM) Diogo Coelho Costa fugiu do CMP em 23 de abril. Ele foi condenado em júri popular, a 22 anos, 6 meses e 20 dias de prisão.
Já em 14 de maio, quem fugiu foi Wilson de Jesus Farias, que é acusado pela morte da adolescente Emillyn Richalski Tracz, de 17 anos, e da mãe dela, Daniele Richalski Favaro.
As mortes de Emillyn e Daniele aconteceram no último dia 8 de março, em Campo Largo. Wilson era padrinho da adolescente e teria cometido o crime para mascarar um estupro, segundo as investigações da Polícia Civil.
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