Um grupo de pessoas com diabetes tipo 1 estão unindo forças e assinaturas para solicitar à Saúde de Campo Largo um estudo de viabilidade para distribuição do equipamento Freestyle Libre
Um grupo de familiares de pessoas com diabetes tipo 1 estão unindo forças e assinaturas para solicitar à Saúde de Campo Largo um estudo de viabilidade para distribuição do equipamento Freestyle Libre, que permite medir o índice de glicemia no sangue, sem necessitar ficar furando o dedo e causando machucados. O documento estará disponível para assinatura até o próximo sábado (20), às 13h, na secretaria da escola de idiomas Switch, no Centro.
O abaixo-assinado se juntará a um requerimento feito pelo vereador André Gabardo (Podemos) e que deve ser votado nesta segunda-feira (22) pela Câmara Municipal. No referido requerimento traz o pedido de estudo de viabilidade para distribuição gratuita do equipamento. “Esse é um projeto que vem sendo desenvolvido em mais de 15 cidades, a título de exemplo temos a cidade de Limeira (SP), Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF), Guiratinga (MT) e São Lourenço (MG), por meio da Secretaria de Saúde. Através do projeto é feita a distribuição do Libre para as crianças de 0 a 19 anos, que são acompanhadas nas unidades básicas de saúde do município.”
O Libre, além de realizar a medição do nível de glicose sem precisar das “picadas” rotineiras, permite que o paciente tenha um histórico de glicemia, visto que o monitoramento da glicose é realizado nas 24 horas do dia.
“A importância desse equipamento se comprova pela dignidade que traz aos usuários, visto que, dependendo do tipo de tratamento, as crianças precisam furar, ao dia, mais de 10 vezes o dedo para medir a glicose e, com o sensor, não há necessidade de realizar esse procedimento. O kit é composto por sensores (semelhante a uma moeda de 1 real), aplicado na parte posterior superior do braço. Para fazer a leitura da glicose é preciso o leitor (que vem no kit), ou através de um smartphone (aplicativo) que realiza um scan de um segundo, passando todas as informações”, informa o requerimento.
Maior qualidade de vida
Raquel Gabardo é mãe de Pedro, que teve o diagnóstico de diabetes tipo 1 aos 08 anos e chegou a ficar na UTI por Cetoacidose diabética (CAD). Quanto ao Libre, ela explica que quando a criança tem diabetes tipo 1, os responsáveis precisam monitorar frequentemente a glicemia no sangue, para tomar atitudes como antes e depois das refeições, verificando a necessidade de aplicar insulina. “Quando a criança tem uma hipoglicemia, deve-se conferir com intervalos de 15 a 45 minutos, para ver se melhorou. Eu acabava tendo que furar o dedo do meu filho até 11 vezes no dia, inclusive de madrugada. Isso em uma criança pequena, começa a ferir o dedo, machucar e causar até uma recusa no tratamento. O Libre permite que tudo seja bem mais fácil de ser realizado, além de permitir que o médico tenha dados exatos e calcule exatamente quanto de insulina essa criança precisará. É um custo alto, que muitas famílias não têm condições de arcar, mas é de importância vital. Não é um luxo, é sobre saúde e qualidade de vida”, finaliza.