Neste mês Março Lilás se abre um debate de conscientização e cuidados contra o câncer de colo de útero
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2022 foram registrados 17.010 novos casos de câncer de colo de útero, 6.627 mortes no Brasil. Campanhas de incentivo à informação e cuidados é o intuito do Março Lilás, por isso a equipe da Folha de Campo Largo foi conversar com o Dr. Marcos Rivabem Winheski (CRM 16482), especialista em cirurgia oncológica, cirurgia geral e videolaparoscópica.
O câncer de colo de útero é um tipo de câncer que não apresenta sintomas nas fases inicias, por isso, é necessário que as mulheres se cuidem e fiquem atentas. Os principais sintomas da doença são: sangramento vaginal anormal, que pode ocorrer após a relação sexual, entre os períodos menstruais ou após a menopausa; dor durante as relações sexuais; secreção vaginal com odor forte, fétida e incomum; dor pélvica persistente ou dor durante a micção e perda de peso inexplicável.
Para prevenir, o Dr. Marcos fala o que é necessário fazer: “É fundamental exames ginecológicos de rotina, como o Papanicolau (preventivo), para detectar o câncer de colo do útero precocemente e aumentar as chances de sucesso no tratamento e na cura da doença. Se tiver algum sintoma agende uma consulta com um ginecologista ou oncologista imediatamente. O médico fará uma avaliação completa, que inclui: exame pélvico, papanicolau, biópsia. Além disso, a prevenção é muito importante e as mulheres devem seguir as orientações médicas sobre a realização de exames e sobre as vacinas contra o HPV, que é uma das principais causas do câncer de colo do útero”.
Ter esses cuidados fazem com que a chance de cura aumente nos pacientes. Segundo o INCA, quando o câncer de colo de útero é descoberto na fase inicial, a chance de cura é 100%. Por isso, é aconselhável que as mulheres façam os exames em diferentes períodos da vida. “É recomendado que as mulheres comecem a fazer exames de prevenção a partir dos 25 anos ou no início da atividade sexual, o que ocorrer primeiro. Essa é a idade em que a maioria das mulheres já está exposta ao risco de infecção pelo vírus HPV, que é a principal causa do câncer de colo do útero. Além disso, cada etapa da vida tem uma indicação diferente para os exames. Entre 25 e 64 anos: a cada três anos, é recomendado que as mulheres façam o exame de papanicolau ou citologia cervical. A partir dos 30 anos: além do exame de papanicolau, é possível fazer o teste de HPV a cada cinco anos. A partir dos 64 anos: caso a mulher tenha tido resultados normais nos exames de prevenção do câncer de colo do útero nas últimas décadas, o médico pode recomendar a interrupção dos exames”.
Em relação ao tratamento, Dr. Marcos conta que depende do estágio da doença, do tamanho e da localização do tumor, bem como da saúde geral da paciente.
Algumas opções de tratamentos são:
1. Cirurgia: A cirurgia pode ser realizada para remover o tumor e, em alguns casos, o útero e outros órgãos próximos. A cirurgia também pode ser usada para diagnosticar a extensão do câncer.
2. Radioterapia: A radioterapia utiliza radiação de alta energia para destruir as células cancerosas. Pode ser usada sozinha ou em combinação com cirurgia, ou quimioterapia.
3. Quimioterapia: A quimioterapia é um tratamento que usa medicamentos para destruir as células cancerosas. Pode ser administrada por via oral ou por injeção na veia.
4. Terapia alvo: A terapia alvo é um tratamento que utiliza medicamentos que atacam as células cancerosas específicas”.
Outro fator importante quando se fala de câncer de colo do útero é ter alguns cuidados especiais, como se vacinar contra o HPV, manter a rotina de exames em dia, prática de sexo seguro, não fumar e optar por um estilo de vida mais saudável e equilibrado.