O Tribunal do Júri de Campo Largo condenou, nesta terça-feira (14), Jaqueline Braz dos Reis e Jonas da Silva pelo envolvimento na morte do cabo Paulo Marco Chaniuk, da Polícia Militar (PM), em 2018. O PM foi encontrado carbonizado dentro de um carro na PR-423, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Jaqueline foi condenada a 13 anos de prisão, inicialmente em regime fechado por homicídio qualificado por motivo fútil e pela destruição do cadáver. Já Jonas, que é réu confesso, foi condenado à pena mínima de 1 ano em regime aberto com prestação de serviços à comunidade pelo crime de destruição de cadáver.
A filha do cabo assassinado é a atriz Caroline Dallarosa, que nasceu em Campo Largo e ficou conhecida nacionalmente após papéis nas novelas ‘Malhação’ e ‘Além da Ilusão’, da TV Globo.
Denúncia
O Ministério Público do Paraná (MPPR), na denúncia oferecida à Justiça sobre o caso, descreve que o crime aconteceu na madrugada do dia 6 de janeiro de 2018, no bairro Jardim Meliane, no município metropolitano. O PM foi morto com facadas no peito após uma discussão em frente a uma residência, onde estavam outras cinco pessoas.
Após a morte, os envolvidos teriam destruído o corpo de Paulo para não deixar rastros e evidências do crime. “Os denunciados (…) em desígnios de ações conjuntas, colocaram a vítima dentro do veículo Renault/ Megane, (…), enquanto Jonas da Silva (condutor) e Jaqueline Braz dos Reis (passageira), levaram o corpo até a Estrada da Ratada e atearam fogo no carro (…). Os denunciados destruíram o cadáver com o objetivo de destruir as provas do crime”, afirma o MP no documento.
O promotor que atuou no caso, Eduardo Labruna Daiha, disse em entrevista à Banda B que a vítima estava de folga no momento do crime e o que motivou a discussão que acabou na morte ainda não foi esclarecido, pois os relatos sobre a briga seriam inconsistentes.
A reportagem da Banda B entrou em contato com os representantes dos dois réus. A defesa de Jaqueline vai recorrer da decisão. Já a defesa de Jonas ficou satisfeita com a pena e não pretende recorrer.
Relembre o caso
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