Grande parte das homenagens feitas pelas pessoas nas redes sociais neste último dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, giravam em torno desta celebração não poder se concentrar em uma data específica, mas sim ser lembrada a cada dia do ano. Essa premissa é verdadeira e deve ser cumprida. Não é fácil ser mulher, e isso não é um ato feminista, mas sim escrito por pessoas que enfrentam essa realidade diariamente.
A Redação da Folha de Campo Largo é predominantemente feminina e acompanha de perto essa luta pela ocupação de mais espaços por mulheres fortes, que venham a acrescentar mesclando sua visão humanista à profissional, resultando em soluções eficientes em prol de toda a sociedade campo-larguense.
Um exemplo é a representatividade pequena dentro do cenário político. Apesar de a bancada feminina no país ter aumentado 18,2% nas últimas eleições, as mulheres ainda são minoria na política dentro da nossa cidade. Hoje, a única mulher que ocupa uma cadeira na Câmara Municipal é a vereadora Cléa de Oliveira, que trabalha em conjunto - de maneira harmoniosa - com outros dez homens. Dentro da administração do executivo, há mais espaços para as mulheres desempenharem seus trabalhos, porém ainda não há um equilíbrio ideal. Atualmente são nomeadas quatro mulheres à frente das secretarias, sendo 14 pastas que compõem o Executivo. Logicamente, dentro da composição destes times, há muitas mulheres, que também contribuem com o conhecimento, habilidade e decisões para construir uma Campo Largo melhor.
Outro ponto em questão, sempre bastante levantado quando o assunto é igualdade entre homens e mulheres, está relacionado à direção de empresas. Uma pesquisa realizada em 2022 pela Grant Thornton mostrou que as mulheres ocupam somente 38% dos cargos de liderança no Brasil. Essa é uma conquista, porém o número ainda está longe de uma igualdade. Há sim tendências de crescimento, especialmente sobre a conscientização e os avanços culturais a respeito do papel da mulher na sociedade e em ambientes corporativos. Mas, como dizer, "chegar quase lá, ainda não é lá".
O Dia da Mulher não se resume apenas a uma data, porque a beleza da força, motivação, criatividade, flexibilidade e sabedoria das mulheres não cabem em apenas 24 horas. Independente da decisão que tomem para suas vidas, seja ficar em casa cuidando dos filhos e do marido, se lançar no mercado de trabalho ou montar sua própria empresa, seu vigor deve ser reconhecido, pela família, pelos colegas ou amigos e pela sociedade, com mais carinho e atenção. Não há um sexo mais importante, homens e mulheres são essenciais desde que o "mundo é mundo". Transformações foram necessárias ao longo do tempo, com mais mulheres se dedicando ao trabalho, e essa adaptação deve ser respeitada durante os 365 dias do ano, independente do ano em questão.
