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Opinião

Pensar, discutir, repensar e decidir de olho no futuro

Início dos trabalhos nas sessões ordinárias da Câmara Municipal nesta semana, já envolto de discussões de projetos que levantaram polêmica

Pensar, discutir, repensar e decidir de olho no futuro

Início dos trabalhos nas sessões ordinárias da Câmara Municipal nesta semana, já envolto de discussões de projetos que levantaram polêmica, não só em Campo Largo, mas impactou na imprensa paranaense como um todo. Em questão está a abertura de novos dois departamentos, o Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação Social, que contará com setor de Informática e de Comunicação Social, tendo três vagas - um diretor e dois assessores - e o Departamento de Gestão e Planejamento Estratégico de Controle Interno e Compliance, também com três vagas - um diretor e dois assessores, gerando custos que ultrapassam os R$ 500 mil ao ano. O caso do projeto chegou até a Folha de Campo Largo na última quinta-feira (02), sendo divulgado ainda na edição do dia 03. Durante o final de semana e a segunda-feira pré-sessão, foi discutido em outros veículos, muitos condenando o projeto, além de apenas noticiar.  

Na tarde de segunda-feira, quando foi iniciada a sessão, os vereadores puderam dar uma prévia dos seus posicionamentos em discursos na Tribuna. O presidente da Casa, vereador João D’Água, tratou logo de avisar que não seria votado em regime de urgência, como estava sendo divulgado na internet, principalmente. Alguns vereadores acabaram não tocando no assunto, já outros apresentaram uma posição bastante incisiva - seja ela favorável ou contrária. Não pareceu ter um clima de animosidade entre os vereadores, que conversaram bastante durante a eleição das comissões permanentes; apenas eram representantes que acreditam ou não em um projeto. Mas, afinal, quem não sentiu vontade de estar presente na discussão do projeto durante as comissões permanentes...

Foi apresentado pelos vereadores contrários à proposta que não há necessidade hoje em criar novos departamentos e novas vagas comissionadas, faltando até espaço físico para que mais pessoas venham a trabalhar no prédio. Há um ponto interessante em ser evidenciado, que a organização de um ambiente legislativo é extremamente importante, mas é também válido analisar alternativas para fazê-lo, considerando o reposicionamento de estatutários e os ambientando para outras funções, desde que tenham conhecimento técnico para tal, incentivando assim o crescimento dentro de um plano de carreira e levando em consideração a opinião da cidade e consideração ao acordo assinado com o Ministério Público.

Quando pensamos em cargos comissionados sendo criados na metade de um mandato, vem à mente projetos que ficarão soltos, com poucas chances de conclusão, visto que muito em breve chega o período eleitoral que trava o andamento dos planos. Será uma decisão bastante interessante de acompanhar. Para fechar, uma frase para coroar a semana: “Pense nos seus planos para os próximos cinco anos, e não para os próximos ‘cinco meses’”.